O Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) de Moçambique está a investigar denúncias de corrupção e participação ilícita em negócio nas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), denunciadas pela imprensa, informou hoje, quarta-feira, 6 de Agosto, aquele órgão.
“Recentemente, tomámos conhecimento de crimes que, à primeira vista, podem configurar crimes de corrupção, crime de participação ilícita em negócio e de conflitos de interesse, mas estamos a trabalhar para apurar o que é que efectivamente está a acontecer”, disse à comunicação social o porta-voz do GCCC, Bernardo Duce, durante uma conferência de imprensa de balanço da actividade da entidade no primeiro semestre, realizada hoje na cidade de Maputo, capital de Moçambique.
Duce adiantou ainda que o GCCC já averiguou indícios de crime na gestão das LAM, tendo apurado que as condutas verificadas não configuram nenhuma ilicitude, ao abrigo da lei penal moçambicana.
“Mas são condutas que contrariam os princípios da razoabilidade da boa gestão de recursos. Por isso, emitimos recomendações ao Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), de modo a proceder às diligências necessárias e profissionais para pôr fim a estas acções”, disse Bernardo Duce.
Apesar de não ter indicado as razões, o IGEPE exonerou recentemente a administradora-delegada da LAM, Marlene Manave, numa altura em que a empresa era alvo de notícias divulgadas na imprensa sobre gestão danosa da companhia de bandeira moçambicana, também assolada por vários incidentes nos seus aparelhos.