O governo moçambicano vai reestruturar a LAM – Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), de forma a consolidar a sua presença ao nível nacional e regional, indica o documento ‘Estratégia do Desenvolvimento Integrado do sector dos Transportes’, aprovado pelo executivo deste país africano.
Com a reestruturação prevista, a companhia de bandeira nacional vai renovar a sua frota e abrir novos destinos, de modo a que até finais de 2015 possa cobrir, pelo menos, um destino em cada país da África Austral, refere uma notícia publicada hoje em Maputo na edição ‘on-line’ do jornal ‘O País’.
No mesmo portal noticioso é destacado que o Governo deverá criar uma subsidiária da LAM para operar os voos para fora do continente africano, já anunciada no início desta década, e que deverá assumir a designação de LAM Internacional, participada também por outras empresas do sector dos Transportes e Comunicações, que irá focar-se nos voos intercontinentais da companhia. Na estrutura accionista da tal empresa, prevê-se a participação de empresas como CFM (Caminhos de Ferro de Moçambique), Aeroportos de Moçambique (proprietária actual de todas as infra-estruturas aeroportuárias), TPM (proprietária de transporte urbano e alguns terminais rodoviários), e as empresas de telecomunicações TDM e mCel.
Trata-se, segundo a ‘Estratégia do Desenvolvimento Integrado dos Transportes’, de uma forma que o Governo encontrou para evitar que a actual estrutura da LAM fique sobrecarregada financeira e administrativamente na sua actuação.
Refere o jornal ‘O País’ que a própria LAM aventurou-se na criação de uma subsidiária internacional, em 2011, mas não passou do papel e da intenção porque, no ano seguinte, foi a própria companhia que veio a público revelar que não tinha dinheiro para voos intercontinentais. Aliás, este anúncio foi feito logo depois que a transportadora deixou de voar para Lisboa, capital de Portugal.
“A LAM deve introduzir voos intercontinentais sob guarda-chuvas de uma nova empresa de transporte aéreo intercontinental, que funcione em regime de autonomia jurídica, patrimonial e funcional, de modo a não contaminar os seus riscos à LAM actual”, lê-se no documento lançado recentemente pelo Governo e que será implementada nos próximos 10 anos.
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