Uma mulher comandou o esquadrão de aviação dos Emirados Árabes Unidos (EAU) que bombardeou posições do Estado Islâmico, na Síria, na semana passada.
Para além de se tratar a primeira mulher árabe piloto de caças, a notícia foi amplamente divulgada na imprensa internacional pelo facto de ter sido uma mulher a atacar os ultraconservadores islâmicos, ainda que ela também esteja subjugada ao conservadorismo dos Emirados, que obriga as mulheres e cobrirem a cabeça e a usarem abayas (vestido inteiro, tipo túnica).
Os ataques aconteceram na terça-feira (23 de Setembro), mas a confirmação de que Mariam Al Mansouri, de 35 anos, participou nos ataques foi feita apenas na quinta-feira (25 de Setembro), pelo embaixador dos EAU nos Estados Unidos, Yousef Al Otaiba, numa entrevista a um canal de televisão americano.
Segundo o embaixador, ela é uma piloto altamente treinada e qualificada e está numa missão como lhe compete.
Após o referido ataque, a piloto ganhou lugar na Wikipedia (http://en.wikipedia.org/wiki/Mariam_al-Mansouri). De acordo com esta fonte, Mariam Al-Mansouri tem sete irmãos e tem ligações familiares ao sultão bin Saeed Al Mansoori, engenheiro e político dos Emirados Árabes. Estudou literatura inglesa e foi para a força aérea do seu país logo que foi permitida a adesão das mulheres; com ela ingressaram outras duas mulheres árabes.
A força aliada contra o Estado Islâmico, em cujos ataques participou Mariam Al-Mansouri, é formada pelos Emirados Árabes, Arábia Saudita, Jordânia, Qatar, Bahraine Estados Unidos. Os extremistas islâmicos, auto-proclamados Estado Islâmico, reivindicaram, e mostraram ao mundo, a decapitação de quatro estrangeiros (dois jornalistas americanos, um britânico e um turista francês).
- Foto pública da página de Facebook de Mariam Al-Mansouri