Não há sobreviventes na queda do ATR 72-500 da Voepass – Morreram todos os 61 ocupantes

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Um avião bimotor turboélice ATR 72-500 da companhia brasileira Voepass Linhas Aéreas (antiga Passaredo Linhas Aéreas), caiu nesta sexta-feira, dia 9 de agosto, no Município de Vinhedo, no interior do Estado de São Paulo, tendo morrido todos os 57 passageiros e quatro tripulantes que seguiam a bordo. A companhia corrigiu o número de passageiros ao fim da tarde, pois na primeira comunicação anunciou 58.

A confirmação da morte de todos os ocupantes foi confirmada pelo Presidente da República, Lula da Silva, que interrompeu o seu discurso durante a cerimónia de lançamento da fragata ‘Tamandaré’, no Estado de Santa Catarina, e pediu aos presentes um minuto de silêncio em honra das vítimas. O anúncio da tragédia, com um número total de fatalidades, foi depois confirmado pela Prefeitura de Vinhedo e pelo Governador do Estado de São Paulo.

A aeronave, registo PS-VPB, tinha partido de Cascavel, no Estado do Paraná, pelas 11h56 locais (14h56 UTC), e deveria aterrar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, às 13h30 (16h30 UTC). Os registos das plataformas de rastreio de voos referem que o avião estaria a cerca de 17.200 pés de altitude um minuto antes de se despenhar, pelas 13h22 locais (16h22 UTC/17h22 em Portugal). Os pilotos já estavam na manobra de aproximação ao Aeroporto de Guarulho. O avião fazia um voo regular de passageiros (voo 2Z-2283).

O aparelho sinistrado caiu praticamente a pique, em parafuso, segundo testemunhas oculares, estando disponíveis nas redes sociais, nomeadamente no X (ex-Twitter), diversos registos em vídeo que documentam a queda, que se registou numa área habitacional do bairro da Capela, em Vinhedo.

Segundo moradores do condomínio privado ‘Recanto Florido’, onde a aeronave caiu no quintal de uma das vivendas, o avião foi logo pasto das chamas e ficou totalmente destroçado com todos os ocupantes presos entre os destroços, não permitindo a aproximação para qualquer operação de resgate. A rede ‘Globo’ entrevistou algumas testemunhas e estas disseram que só quando os bombeiros chegaram foi possível apagar o fogo, mas já muito tarde para qualquer resgate com vida dos ocupantes.

A companhia aérea (VOEPASS Linhas Aéreas) distribuiu uma primeira nota em que lamenta o acidente, dizendo desconhecer as razões que o originaram, uma questão que será agora analisada e trabalhada pelas entidades oficiais que superintendem esses inquéritos e que são tuteladas pela Força Aérea Brasileira.

“A VOEPASS acionou todos os meios para apoiar os envolvidos. Não há ainda confirmação de como ocorreu o acidente e nem da situação atual das pessoas que estavam a bordo”, informou inicialmente a companhia, que mais tarde disse estar a trabalhar conjuntamente com o Aeroporto de Cascavel, a fim de identificar familiares das vítimas do acidente a que possa informar o sucedido.

Segundo o TV Globo há um grupo de uma dezena de pessoas que se tinha perdido no aeroporto, antes da partida do voo para Guarulhos, a quem foi recusado o embarque, por o avião já estar de portas fechadas. Protestaram, pedindo maior tolerância aos funcionários da Voepass, que face às rigorosas normas de segurança não permitiram o acesso à aeronave que ainda estava na zona de estacionamento do aeroporto. Face ao terrível acidente, e nas entrevistas concedidas ao canal televisivo, deram graças a Deus por se terem atrasado e não lhes ter sido permitido o embarque.

Entretanto, no Aeroporto de Ribeirão Preto, também no interior de São Paulo, um voo da Voepass, que deveria ter partido às 14h25 locais para Guarulhos foi cancelado, pois os pilotos desistiram de voar, face à tragédia ocorrida com outros dois colegas da companhia. Nestes casos, normalmente as companhias aéreas suspendem a programação do dia em todos os aeroportos ou aceitam as razões que levam o pessoal navegante a recusar os voos.

O avião sinistrado e a tripulação que morreu no acidente tinham iniciado o dia com um voo entre Guarulhos e Ribeirão Preto, de onde seguiram para Cascavel e depois para Guarulhos, viagem dramaticamente interrompida.

  • A foto de abertura é da autoria de Cláudia Vitorino. Está publicada em diversos posts nas redes sociais e foi obtida poucos minutos após a queda do avião da companhia aérea brasileira, nesta sexta-feira, dia 9 de agosto, no quintal de uma vivenda num condomínio privado no Município de Vinhedo, no interior do Estado de São Paulo.

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