Não houve acordo – Pilotos do grupo TAP entram em greve

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O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) mantém a greve nas companhias do grupo TAP (TAP Portugal e PGA – Portugália Airlines) que se inicia às 00h01 desta sexta-feira, dia 1 de Maio, e durante 10 dias.

Numa conferência de imprensa convocada para a noite de quinta-feira, transmitida em directo pelos três canais nacionais portugueses, os pilotos consideraram que a administração da TAP não deu as “contrapartidas suficientes” para recuar na paralisação.

Meia hora depois o ministro da Economia que se encontrava acompanhado pelos secretários de Estado dos Transportes e do Turismo, fez também um apelo aos pilotos para que cumpram as convocatórias de serviço e se apresentem aos voos, pois a manter-se a greve a TAP entrará numa situação que poderá ser irrecuperável, arrastando centenas de trabalhadores para o desemprego.

Entretanto, há notícias de que há esforços de ambas as partes, da Administração da companhia e do SPAC, para que a greve não se concretize, o que parece ser impossível, pois não será nas poucas horas que faltam para o início da paralisação que se resolverão assuntos tão complexos como as reivindicações dos pilotos, que o Governo e a TAP negam por não terem possibilidades de as satisfazer.

“Não temos as contrapartidas suficientes”, disse em conferência de imprensa o diretor do SPAC, Hélder Santinhos, depois de ter afirmado que a greve de 10 dias dos pilotos da TAP e da Portugália se inicia mesmo à meia-noite.

As dúvidas colocaram-se depois de alguns elementos da direção do SPAC terem estado reunidos com o presidente da TAP, Fernando Pinto, durante a tarde desta quinta-feira e pouco antes do início desta conferência de imprensa do SPAC.

“Aproximámo-nos o máximo possível, fizemos concessões muito significativas e a TAP entendeu isso como um sinal de fraqueza e procurou extrair benefícios e está irredutível”, disse o dirigente sindical.

Questionado sobre se é ainda possível desconvocar greve, Hélder Santinhos admitiu que “existe sempre” essa possibilidade, mas que é uma decisão que está “nas mãos” do Governo e da TAP.

“Se houver entendimento, obviamente desconvocaremos a greve”, afirmou.

Por uma “questão de ética negocial”, Hélder Santinhos não quis adiantar quais as concessões feitas pelo SPAC, adiantando que foram propostos “vários cenários alternativos” sobre as diuturnidades (vencimentos de senioridade) pagas aos pilotos e medidas “para aumentar a produtividade” da TAP.

Ou seja, resumiu o dirigente sindical, o SPAC tentou negociar outras opções e a administração da TAP não aceitou.

Hélder Santinhos afirmou que o sindicato “está sempre disponível” para negociar, mas que “há matérias” em que não pode ceder.

O dirigente sindical disse ainda que, apesar de alguma contestação de um grupo de pilotos da TAP à greve, o sindicato espera uma adesão à paralisação a rondar os 90%.

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