Repetidos atrasos e um problema de financiamento poderá levar, nos próximos meses, ao cancelamento de encomendas do CSeries por parte do terceiro maior cliente da Bombardier.
A empresa arrendatária com sede em Moscovo Ilyushin Finance Corporation (IFC) decidiu reavaliar todas as opções em relação à participação no programa, afirmou em entrevista o diretor-geral Alexander Rubtsov. Esta afirmação foi uma prova da mudança de entusiasmo em comparação a Fevereiro de 2014, altura da assinatura do contrato para a encomenda de 32 unidades do CS300.
A IFC é parcialmente detida pela United Aircraft Corporation, um conglomerado russo de empresas construtoras de aeronaves. Assim, o negócio fechado há 15 meses permitiria à Bombardier entrar no mercado daquele país. O construtor canadiano nega, no entanto, as notícias e garante que o IFC mantém-se um sólido cliente e que o CSeries faz parte dos planos de expansão da IFC.
O custo do acordo também se tornou mais caro para a empresa compradora desde que o governo canadiano impediu as empresas russas de terem acesso a financiamento a taxas de juro mais baixas, em consequência do conflito na Ucrânia.
A decisão de cancelar a encomenda deverá ser tomada durante o salão de Paris que terá início no próximo dia 15 de Junho. E Rubtsov garante que nada terá a ver com as performances do CS100 que apelida de “espetaculares”. O CS100 deveria ter entrado ao serviço no final de 2013 e o CS300 seis meses depois. Agora a certificação passou para a segunda metade de 2015 e o início da sua utilização comercial deverá escorregar para 2016.
Para alem de todos estes revezes a IFC está a ser pressionada pelo governo russo para investir no projeto do super jato Sukhoi, podendo o orçamento pensado para o CSeries passar para um novo desígnio nacional.
Novo jato comercial CSeries da Bombardier em risco
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