Mais um vulcão está a provocar desvios no movimento aéreo e a obrigar a cancelamentos de voos. Depois da erupção na ilha do Fogo, no arquipélago-república de Cabo Verde, em pleno Oceano Atlântico, entre a África e a América do Sul, uma nova erupção no Monte Aso, no sudoeste do Japão, obrigou ontem à tarde as companhias aéreas japonesas a anularem ou a desviarem para outros destinos pelo menos uma dezena de voos, a fim de evitarem uma nuvem de cinzas.
A Japan Airlines (JAL) e a All Nippon Airways (ANA) advertiram os passageiros para “um número de cancelamentos ou mudanças de destino” nas rotas de ou para o aeroporto de Kumamoto, por causa da coluna de cinzas de 800 metros expelida do Monte Aso.
“Hoje cancelámos oito partidas e quatro chegadas”, disse um porta-voz da JAL, indicando que também houve um voo que teve de mudar de destino, seguindo para um aeroporto próximo, e reconhecendo a possibilidade de mais voos serem afetados no caso da erupção vulcânica se agravar.
Situado na prefeitura de Kumamoto, na ilha de Kyushu, o vulcão do Monte Aso entrou em erupção na terça-feira passada, pela primeira vez desde 1995, começando a expelir cinzas que ontem, quarta-feira, chegaram a atingir mil metros de altitude.
Um porta-voz do aeroporto, o mais próximo do Monte Aso, informou que um voo internacional foi cancelado e um outro desviado.
A companhia ANA indica no seu ‘site’ que, “à exceção de alguns voos, muitas partidas e chegadas foram anuladas no aeroporto de Kumamoto”. Dos dez voos Kumamoto-Tóquio/Haneda previstos para hoje, sete foram já suprimidos, de acordo com a agência noticiosa francesa.
O Monte Aso faz parte dos 47 vulcões sob vigilância de um total de 110 ativos no Japão. Atualmente, o nível de alerta corresponde ao 2, numa escala de 5, o grau mais alto que determina a retirada da população em torno do vulcão.
Em Setembro passado, a repentina erupção vulcânica no Monte Ontake, no centro do Japão, entre as prefeituras de Gifu e Nagano, fez mais de 60 mortos, entre eles diversos turistas que circulavam em passeios a pé na zona do vulcão.