“Falam um inglês esquisito, que deveras revela um certo estilo! Em Londres, a big city de Londres. É uma repetição de várias, mas confesso estar a sentir-me estreante!”
Vestem-se de várias formas, umas bonitas outras nem tanto, mas a minha sensação é que consigo usar-lhes as peças que usam. Sou igual a eles, bem… mais sorridente um pouco!
Enquanto vou de bus até Kensington, caminho até ao metro, ando no metro – sinto que tudo me leva a todo lado mas a demora é alguma… À medida que nos afastamos do centro de Londres o silêncio no metro aumenta, o ar circula mais e consigo ouvir uma criança a cantar uma língua muito parecida com russo; o espaço aumenta progressivamente, o verde lá fora é como se de um rio se tratasse: que nasce na fonte e vai alargando cada vez mais o seu caudal.
“Também por conveniência do caminho, decidi experimentar ir até Richmond, sugestão da minha amiga Inês que já cá vive há alguns anos! Diz que vou encontrar veados se for ao parque.”
Não cheguei a ir ao parque de Richmond mas o que vi e senti fez-me feliz: o rio Tamisa passa por ali e eu fui também passar no seu lado. Havia uma fila de cadeiras instaladas em frente ao rio, apenas com o propósito de respirar o ar e deixar os pensamentos ser livres; havia barcos para alugar; havia uma loja antiga de restauração de barcos; pintores com um pequeno cavalete analisavam a margem do rio de pincel na mão; um violinista dava som à paisagem; pequenos bares ao estilo british convidavam a um copo e converseta. Absorvi essas sensações sozinha sem conversa, mas a máquina fotográfica falou comigo e o ginger ale fresquinho também.
Depois da margem do Tamisa fui caminhar por ruas residenciais: adorei os prédios com poucos andares, o silêncio novamente, a riqueza e o bom gosto.
“Richmond será uma óptima alternativa à multidão do centro de Londres, um bom cantinho londrino onde se respira mais Natureza e serenidade. Os veados do parque ficarão para uma próxima visita!”