A questão aeroportuária e as questões relacionadas com as duas maiores companhias aéreas portuguesas – TAP Air Portugal e SATA – ocuparam grande parte do discurso de abertura do presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens (APAVT), no 45º Congresso que decorre neste fim-de-semana na ilha da Madeira.
Pedro Costa Ferreira começou pelas questão relacionadas com a ampliação de capacidade do Aeroporto de Lisboa: “Não sei se o Montijo é a melhor resposta ao problema do crescimento do hub de Lisboa; ou se será Alverca, como alguém diz agora; ou Alcochete, como alguém decidiu no passado…”
E prosseguiu:
“Hoje, após anos e anos de debate, os governantes deste País voltaram a decidir, e confessamos que seria para nós frustrante, se a cerimónia de há cerca de um ano, que reuniu centenas e centenas de pessoas, na base aérea do Montijo, não tiver sido mais do que uma brincadeira de mau gosto.
Mas, provavelmente mais importante, é sublinhar que o problema aeroportuário não é um problema apenas do hub de Lisboa, e muito menos um assunto de mera engenharia.
O Algarve tem problemas de sazonalidade não resolvidos, e que não se resolverão com nenhuma obra de engenharia.”
Depois de abordar os constrangimentos que se verificam no aeroporto da ilha da Madeira (LINK notícia relacionada) o presidente da APAVT mostrou-se convicto de que “os problemas aeroportuários são tanto da engenharia, como da política turística. E não é um problema de Lisboa, é de todo um país, país que certamente gostaria de ver, nesta legislatura, uma perfeita interação entre as tutelas do turismo e dos transportes, já que, uma vez mais, não podemos ter os dois temas debaixo da mesma tutela.”
Sobre as duas companhias aéreas nacionais mais importantes nos voos regulares falou adiante. Uma matéria que abordamos numa outra peça (LINK).
