A Assembleia de Empresa (AE) da TAP que tinha sido agendada para este sábado, dia 20 de fevereiro, para que os associados do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) votassem os acordos estabelecidos com a administração da TAP, tendente a auscultar a aceitação dos pilotos, ou a rejeição das medidas que poderão introduzir cortes nos vencimentos e outro tipo de medidas de austeridade negociadas, foi desconvocada, alegando razões técnico-informáticas consideradas “fragilidades” pelos associados do SPAC, que poderiam “afetar um momento importante do processo deliberativo para todos nós”, segundo refere um documento interno do SPAC a que o ‘Jornal Económico’ (JE) teve acesso. Esta AE pode ser reconvocada para o dia 26 de fevereiro, às 10h30, adianta o jornal português.
O SPAC foi o primeiro sindicato a aceitar as condições da administração e do Governo para um regime de transição entre a suspensão dos anteriores acordos de empresa e novos acordos a entrarem em vigor até 2024, e deverá pressupor cortes salariais entre os 50% e os 35%, um corte superior ao que era pretendido pela administração da TAP, mas em contrapartida o SPAC limitou o crescimento da Portugália, que terá de utilizar os pilotos da TAP. A Portugália ficou limitada a 21 aeronaves, quando se previa que pudesse aumentar a frota para 27 aviões.
O acordo de emergência assinado entre o SPAC e a TAP abrange 1.252 pilotos e prevê reduções salariais de 50% (em 2021), de 45% (em 2022), de 40% (em 2023) e de 35% (em 2024).