O presidente do Sindicato dos Pilotos de Angola, Miguel Prata (na imagem de abertura), que viajava a bordo do avião da Hi Fly Malta que na quinta-feira, dia 23 de março, fazia o voo Luanda-Lisboa para a TAAG (LINK notícia relacionada) como passageiro, referiu que “durante cerca de duas horas após a descolagem, a aeronave passou por uma zona de turbulência severa, quando se estava a finalizar o serviço a bordo, havendo uma variação de altitude”.
“E que, infelizmente, embora os [indicadores para os] cintos estivessem ligados, provavelmente alguns passageiros e alguns tripulantes podiam não estar com os cintos amarrados, por isso a nossa recomendação, muitas vezes, de manter sempre que estiverem sentados os cintos apertados, porque isto são fenómenos de natureza que nem sempre se pode prever”, disse Miguel Prata, citado pela agência portuguesa de notícias ‘Lusa’.
O comandante e a tripulação, após avaliarem as condições dos feridos que tinha a bordo e de navegabilidade da aeronave, optaram por “continuar viagem”, o que Miguel Prata acredita ter sido a decisão mais correta.
“E, efetivamente, pudemos analisar que houve um certo aparato à chegada a Lisboa, de algumas ambulâncias, que foi por precaução para garantir toda a assistência possível e necessária a quem se tivesse magoado”, salientou.
O comandante de linha aérea Miguel Prata realçou que “a maior parte desceu pelo seu próprio pé, alguns auxiliados”.
“Mas não houve nada grave, porque de outra forma eu acredito piamente que o comandante tivesse regressado ou até eventualmente aterrado no aeroporto mais próximo”, observou.
“Vamos fazer fé que foi a decisão mais acertada, eu confio, a TAAG [companhia aérea angolana], com certeza, fez a avaliação da empresa e não acredito que o comandante tivesse tomado a decisão que não fosse a mais correta”, acrescentou.
Foram reportadas dez situações de pessoas com lesões ligeiras, nas quais se incluem oito passageiros e dois membros da tripulação, aos quais foram logo prestados os primeiros socorros a bordo pelo pessoal navegante de cabina e acionados os serviços de emergência em terra, que estavam em prontidão à chegada da aeronave ao aeroporto Humberto Delgado em Lisboa.
A TAAG realça, numa nota sobre o ocorrido, que após observação e avaliação feita pela equipa médica apenas dois passageiros e um membro da tripulação foram encaminhados ao hospital para verificações adicionais, sendo que os restantes passageiros conseguiram desembarcar sem assistência.
A posição do comandante Miguel Prata foi assumida também pelo sindicato dos pilotos angolanos que se manifestou solidário com a decisão de continuar viagem do comandante do avião da Hi Fly Malta, que fazia o voo da TAAG – Linhas Aéreas de Angola entre Luanda e Lisboa, admitindo que os passageiros feridos podiam não ter os cintos colocados.
- Imagem de abertura © Angolan Aviators/Facebook