Os pilotos da TAP Air Portugal aprovaram nesta sexta-feira, dia 23 de junho, o novo acordo de empresa (AE) da companhia aérea, que elimina os cortes salariais e “mantém a paz social”, disse à agência de notícias ‘Lusa’ o presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC).
Tiago Faria Lopes adiantou que, numa assembleia de empresa que ocorreu nesta sexta-feira, em Lisboa, os pilotos aprovaram o novo AE, tendo 83,6% dos presentes votado favoravelmente.
Questionado sobre as principais alterações do AE, o presidente do SPAC defendeu que o mais importante é “a paz social”.
“Este acordo foi muito difícil, foi muito negociado”, referiu, destacando que “naturalmente os cortes [salariais] acabam por deixar de existir” e garantindo que “vai haver um aumento de produtividade”.
“O pagamento é de acordo com o aumento da produtividade, isso é natural”, indicou, salientando que “a TAP, a partir de setembro, vai deixar de ter contratações externas de companhias estrangeiras e nacionais, à exceção da Portugália, porque faz parte do grupo”.
Acabarão assim os contratos de prestação de serviços ACMI (designação utilizada internacionalmente que significa aluguer de aeronave com tripulação, manutenção e seguro incluídos) que tantas críticas mereceram dos sindicatos.
Com esta decisão, destacou Tiago Faria Lopes, há um “lado muito positivo da imagem, que não é quantificável”, visto que “os passageiros que compram o bilhete TAP voam na TAP, não há dúvidas sobre isso”, referiu.
O novo AE “aplica-se apenas aos pilotos sindicalizados e entra em vigor cinco dias após a sua publicação no Boletim do Trabalho e Emprego, até 31 de dezembro de 2026”, disse o SPAC, numa nota hoje divulgada nesta sexta-feira, dia 23.
À imagem do que aconteceu com os restantes trabalhadores da TAP, os pilotos sofreram cortes salariais, negociados devido ao impacto da pandemia na atividade da transportadora.