Os pilotos rejeitaram a proposta da TAP Air Portugal, que previa a suspensão imediata do corte adicional de 20% nas remunerações em contrapartida da flexibilização de folgas, considerando-a uma “ofensa à dignidade coletiva”, anunciou nesta sexta-feira, dia 13 de maio, o Sindicatos dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC).
“O número de folgas após voos de longo curso está regulamentado por uma fórmula que resulta de estudos científicos sobre estes efeitos nefastos, considerando os pilotos que esta redução compromete a longo prazo a segurança de voo, quando prolongada no tempo”, apontou, em comunicado, o sindicato.
A estrutural sindical precisou que a proposta prevê a redução do número mínimo de folgas mensais para nove dias, nos meses de maior operação, quando as congéneres europeias, “com “rankings” piores em segurança, apresentam entre 11 e 13 dias de folga, com mínimos mensais”.
Em simultâneo, os pilotos “ilegalmente despedidos e readmitidos por ordem judicial” permanecem sem trabalho atribuído.
“Desta clara contradição, e pela ofensa à dignidade coletiva, os pilotos rejeitaram, por quase unanimidade, a proposta e não pretendem realizar trabalho em dias de folga ou férias enquanto a TAP mantiver as contradições existentes”, referem os pilotos.
No total, 98,87% dos quase 900 pilotos que participaram na assembleia da empresa, que se realizou esta sexta-feira em Lisboa, chumbaram a proposta.
O sindicato disse ainda ter apresentado à administração da TAP propostas com “soluções objetivas”, embora nenhuma tenha sido “tida em consideração”.
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