O Aeroporto Internacional Humberto Delgado, em Lisboa, está a funcionar desde cerca das 17h00 desta terça-feira, dia 14 de junho, sem a sua principal pista de aterragem, a 03/21. A zona está a ser alvo de uma intervenção e, de acordo com fonte oficial da ANA, que gere a infra-estrutura, “saltou um bocado de asfalto”, o que está a inviabilizar as aterragens e descolagens, noticiou nesta tarde o ‘Jornal de Negócios’ na sua edição digital. Nesse momento, só a pista 17/35, mais pequena, é que estava a ser utilizada pelas aeronaves.
“Enquanto decorre a reparação, está em serviço a outra pista”, acrescenta fonte oficial da ANA. Não há nenhuma previsão para a reparação do problema, embora a mesma fonte estime que será algo a resolver “rapidamente”. Outra fonte do aeroporto diz que o tempo previsto para a reparação é de três horas. Esta pista está em obras desde Junho do ano passado, mas mantendo-se operacional, para “repavimentação, substituição da cablagem e instalação eléctrica, substituição da iluminação existente e dos indicadores da ladeira de aproximação”, lê-se numa portaria do Governo publicada em 2015.
A pista 03/21 é a pista mais longa do aeroporto Humberto Delgado e é a que mais frequentemente é usada, com uma extensão de 3.805 metros. A estrutura aeroportuária dispõe de duas pistas que se cruzam nas cabeceiras a norte, o que inviabiliza a sua operação autónoma. A pista menos utilizada, 17/35, tem 2.250 metros e é predominantemente usada quando os ventos na pista principal são mais fortes. Foi esta pista que a ANA estudou fechar para estacionar aviões.
As obras têm obrigado a uma utilização mais frequente da pista secundária, que “está servida por uma aproximação por instrumentos de não precisão sem guiamento vertical, não possui luzes centrais de pista e apenas tem 2.250 metros de comprimento disponível para a aterragem”. Como a pista é mais pequena, os aviões têm de inverter a potência para travarem antes do fim do asfalto, o que gera mais ruído, algo que teve de ser autorizado, de forma temporária, pelo Executivo.
A mesma fonte da ANA acrescenta ainda que, até ao momento, nenhum voo teve de divergir para outros aeroportos.
- Notícia publicada pelo ‘Jornal de Negócios’, de Lisboa