A operação no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, esteve interrompida entre as 22h40 e as 22h50 de quarta-feira, dia 19 de setembro, devido à presença de um drone na cabeceira da pista 03, prejudicando mais de uma dezena de voos, disseram à agência de notícias ‘Lusa’ fontes aeronáuticas.
De acordo com as mesmas fontes, mais de uma dezena de voos tiveram de ficar em espera, um descontinuou (borregou) a aproximação e dois tiveram de divergir para Faro com problemas de combustível.
A ocorrência foi confirmada nesta quinta-feira, dia 20 de setembro, à agência ‘Lusa’ pela NAV, responsável pela gestão do tráfego aéreo.
Fonte oficial da ANA — Aeroportos de Portugal, empresa concessionária do aeroporto, confirmou que na quarta-feira, às 22h47, “foi reportado o avistamento de um drone que causou a interrupção das operações durante 11 minutos, provocando a divergência de duas aeronaves para Faro e a interrupção da aterragem de outra”.
“Este tipo de incidentes são reportados ao regulador – Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) – e investigados pelas autoridades competentes, neste caso a PSP”, salientou a ANA.
Pelo seu lado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP (Cometlis) disse à ‘Lusa’ que a polícia foi chamada ao local e que o ‘drone’ estava a sobrevoar a placa do aeroporto. No entanto, não foi localizado o operador, salientou a PSP.
Na passada segunda-feira, uma aeronave da companhia Transavia France, do Grupo Air France-KLM, foi obrigada a alterar a sua rota de aproximação ao aeroporto de Lisboa após um avião Airbus A340 da Hi Fly, que fazia um voo para TAP Air Portugal, se ter cruzado com um ‘drone’ pouco antes de aterrar, disseram fontes aeronáuticas (LINK notícia relacionada).
Em 21 de agosto, um drone caiu na pista do Aeroporto de Lisboa pouco depois de um avião alertar para a presença do aparelho a sobrevoar aquela zona, levando à interrupção da operação aérea durante oito minutos.
A aviação civil reportou 16 incidentes com drones no primeiro semestre deste ano, segundo dados enviados à ‘Lusa’ pela Autoridade Nacional da Aviação Civil, que instaurou 15 processos contraordenacionais em 2017 e dois até final de junho.
O regulamento da ANAC, em vigor desde 13 de janeiro de 2017, proíbe o voo de drones (veículo aéreo não tripulado) a mais de 120 metros de altura e nas áreas de aproximação e de descolagem dos aeroportos.