O Governo Português publicou no ‘Diário da República’ desta quarta-feira, dia 6 de maio, um despacho no qual prorroga por mais 14 dias, e pela quarta vez, a ordem de suspensão de voos para Itália, até 19 de maio, justificada por “cuidados excecionais” provocados com a situação de pandemia de covid-19 no país transalpino.
A suspensão de voos para Itália aconteceu pela primeira vez em 10 março, por 14 dias, e foi prorrogada por iguais períodos em 23 de março, 8 e 21 de abril, e agora, com efeitos a partir das 00h00, de acordo com o despacho assinado pelos ministros da Defesa Nacional, da Administração Interna, da Saúde e pelo secretário de Estado Adjunto e das Comunicações.
“Atendendo a que a situação pandémica em Itália ainda continua a merecer cuidados excecionais, verifica-se que persistem os motivos subjacentes à suspensão em apreço, pelo que se impõe uma nova prorrogação”, justificam os governantes no despacho publicado nesta quarta-feira, em ‘Diário da República’.
Esta prorrogação da suspensão de voos, diz o Governo no despacho, inclui a garantia excecional, conferida por um despacho de 8 de abril, também prorrogada em 21 de abril, de não se aplicar aos voos das aeronaves que integram ou venham a integrar o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), “e bem assim aos demais voos já anteriormente excluídos da sua aplicação”.
Itália terminou há quatro dias, no passado sábado, o último fim de semana de recolhimentos da população como medida de precaução face à pandemia do novo corononavírus.
Alguns dos aeroportos quase sem atividade nos últimos dois meses, devido à redução do tráfego aéreo, começaram a reabrir na segunda-feira para voos comerciais, como os de Ciampino e Peretola.
Ciampino, o segundo aeroporto de Roma depois do de Fiumicino, não chegou a encerrar na totalidade, e acolhe principalmente voos de companhias aéreas de baixo custo, nomeadamente a Ryanair, que imobilizou 99% dos aviões até novo aviso.
Peretola, o pequeno aeroporto que serve Florença, é o segundo aeroporto mais importante da Toscana, depois do de Pisa.
Itália é, até esta quarta-feira, dia 6 de maio, o segundo país europeu com mais vítimas fatais por causa do novo coronavírus, com 29.315 mortos e 213 mil infetados registados, a seguir ao Reino Unido (29.427 mortos e cerca de 200 mil casos registados).