A base aérea das Lajes, na ilha Terceira, no arquipélago português dos Açores, foi esta segunda-feira, dia 23 de julho, certificada para utilização permanente pela aviação civil, passando a designar-se como aeroporto internacional, na sequência de um processo que demorou dois anos.
“Temos fronteiras muito mais claras entre o que é autoridade civil e o que é autoridade militar. Tratando-se muito embora de um novo aeroporto internacional, continua a ser uma base militar com muita importância para Portugal, até pela relação transatlântica que tem com os Estados Unidos”, salientou, em declarações aos jornalistas, o ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes (na imagem de abertura).
Segundo o ministro, a certificação “clarifica de uma vez por todas competências, atribuições, responsabilidades e procedimentos”, reduzindo conflitos entre autoridades civis e militares.
O processo de certificação iniciou-se a 27 de julho de 2016, com a assinatura de um protocolo entre o Governo da República Portuguesa e o Governo Regional dos Açores, que previa a sua conclusão no espaço de dois anos.
Azeredo Lopes destacou o cumprimento do prazo indicado, tendo em conta a “enorme complexidade técnica que envolve um processo desta natureza”.
“Que o curto espaço de tempo que levámos a alcançar os nossos objetivos não nos distraia do fundamental. Estamos perante o culminar de processo muito complexo, que implicou um grande esforço ao nível da gestão de recursos materiais e humanos, que foi muito exigente”, sublinhou.
Já o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, destacou a atratividade do novo aeroporto internacional pela sua localização no meio do Oceano Atlântico e pelas condições físicas da infraestrutura.
“Este aeroporto fica num patamar mesmo acima dos outros aeroportos nacionais, permitindo a aterragem sem autorizações especiais de aeronaves de grande dimensão que não podem aterrar sem essa autorização especial em qualquer dos outros aeroportos nacionais”, apontou.
Pedro Marques considerou que a melhoria de condições do aeroporto das Lajes reforça a centralidade da ilha Terceira e o papel dos Açores como “hub entre a América e a Europa”, alegando que “Portugal não pode deixar de tirar proveito das condições ímpares que os Açores proporcionam”.