Praticantes de aeromodelismo testam primeira fase da nova pista da ilha da Madeira

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Quatro dezenas de praticantes de aeromodelismo vão testar este sábado, 30 de Agosto, a primeira fase da pista de aeromodelismo do Aeroclube da Madeira, situada no Chão da Feiteiras, aquele que é o único planalto existente no concelho de Machico.
Este encontro regional realiza-se entre as 10h00 e as 19h00 e contempla voos de planadores, multi-rotores (os famosos drones), aviões acrobáticos, aviões à escala e slowfly.

A pista é um sonho de longa data que começa a ganhar forma, devendo ser inaugurada no início de 2015, se tudo correr dentro do previsto, nomeadamente a homologação por parte da Federação Portuguesa de Aeromodelismo.

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O projecto comporta três fases e representa um investimento total da ordem dos 25 mil euros, tendo sido gastos já 10 mil. O terreno, com 35 mil metros quadrados de área, foi cedido pelo Governo Regional e as verbas têm sido obtidas junto de patrocinadores do clube e de alguns sócios que, assim, apostam nesta infra-estrutura como um meio fundamental para a evolução da modalidade na região.

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A primeira fase foi a da terraplanagem e nivelamento do terreno. A segunda fase visa a cobertura do terreno com relva natural, construção de varandas e de bancadas de apoio. Na terceira, e última fase, será criada uma infra-estrutura de apoio a partir da reabilitação dos edifícios existentes no local; haverá espaço para armazenamento de material, cozinha e casas de banho.
A futura casa será partilhada com os pastores locais, cujas ovelhas terão “permissão” para pastar. Vislumbra-se aqui uma simbiose entre os animais e a manutenção da pista de aeromodelismo; as ovelhas alimentam-se da relva e “à troca” mantêm a pista limpa!

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A construção da pista tem sido, de há um ano para cá, a aposta de Pedro Abreu, o actual director da Secção de Aeromodelismo. Satisfeito com o percurso trilhado, está, agora, em condições de fazer um balanço positivo do sonho que começa a ser realidade e permitirá alargar os horizontes de quem, como ele, sempre praticou o aeromodelismo em espaços muito limitados. “Os madeirenses já são conhecidos no continente por serem os que melhor se adaptam aos campos mais pequenos, porque já estão habituados…”, acrescenta em jeito de curiosidade.

A questão financeira é, normalmente, um entrave para uma instituição sem fins lucrativos, como é o caso do Aeroclube da Madeira, fazer “descolar” sonhos e ideias.

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Neste projecto, atendendo às características orográficas e climatéricas da ilha, o problema estendeu-se também à procura de um terreno adequado, em termos de perfil (plano), dimensão, condições meteorológicas e de segurança (para todas as pessoas envolvidas, não só praticantes e apreciadores, como também para quem simplesmente passa pelo local).
Segundo Pedro Abreu, esta procura levou alguns anos e algumas hipóteses foram encaradas, e descartadas, nomeadamente Paul da Serra, Caniçal e Chão do Areeiro. O terreno encontrado enquadra-se nas condições pretendidas, ainda assim, o suspiro de alívio só poderá ser dado depois de passar na inspecção da Federação Portuguesa de Aeromodelismo.
Pedro Abreu descobriu o Aeroclube da Madeira quando frequentava o Ensino Unificado na Escola das Mercês e, por isso, passava todos os dias pela Rua do Castanheiro, onde continua sediada a associação. Pediu aos pais para se inscrever e aos 14 anos começou a praticar o aeromodelismo, tendo como instrutor o director de então, Rogério Teixeira. Em 2005, ficou em terceiro lugar numa competição nacional de helicópteros.

Depois de ter passado por um boom de praticantes e depois por uma estagnação, a Secção de Aeromodelismo do Aeroclube da Madeira conta actualmente com 70 sócios inscritos, sendo objectivo de Pedro Abreu chegar aos 150 (a pista poderá ser um bom incentivo…).
Para fazerem parte da Secção, os interessados devem ser sócios do Aeroclube da Madeira. No acto da inscrição, os maiores de 18 anos pagam uma jóia de 25 euros e a quota anual de 50 euros. Abaixo dos 18, pagam apenas a quota anual.

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Antes de entrarem em investimentos (que podem ir dos 100 euros aos 15 mil, consoante o tipo de aeromodelo pretendido ou ao alcance o bolso de cada um), os aspirantes podem fazer voos experimentais com equipamento disponibilizado pelo clube. O início da prática pressupõe uma instrução prévia.

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De acordo com Pedro Abreu, a Secção procura realizar um curso por ano, tendo realizado já um de multi-rotores, o primeiro do género na Região Autónoma da Madeira. A lei obrigada a que os donos de drones (superiores a 300 gramas) sejam sócios de um aeroclube, tenham formação específica e sejam federados. Os outros, inferiores a 300 gramas, não estão sujeitos a este tipo de obrigatoriedade.

 

O Chão das Feiteiras é um local conhecido dos madeirenses e turistas que fazem caminhadas. O acesso é feito através da vereda com o mesmo nome, um antigo caminho calcetado que desce do Poiso para o Ribeiro Frio atravessando o planalto. Esta via pedonal foi, no passado, uma importante ligação entre Santana e o Funchal.

 

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