O grupo aéreo português SATA, com sede na Região Autónoma dos Açores, fechou 2018 com um prejuízo de 53,3 milhões de euros, um agravamento de 12,3 milhões face ao ano de 2017.
A pesar no resultado estiveram as perdas da Azores Airlines (ex-SATA Internacional), que opera de e para fora do arquipélago, que registou um prejuízo de 52,93 milhões de euros, ao que se junta o resultado líquido negativo de 2,58 milhões de euros da SATA Air Açores, que assegura os voos nas nove ilhas do arquipélago, informou o grupo aéreo nesta sexta-feira, dia 26 de abril, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel.
As restantes empresas do grupo tiveram resultados positivos, embora os valores sejam residuais no contexto global da empresa. Por entre as causas que resultaram no agravamento dos prejuízos encontram-se, por exemplo, um aumento de 4% nos custos operacionais e um decréscimo de 4% receitas operacionais.
O presidente do Conselho de Administração da SATA, António Teixeira, falando aos jornalistas, sinalizou o aumento do preço dos combustíveis, a subida dos gastos com pessoal e a necessidade de recorrer a serviços ACMI (aluguer de aviões a outras companhias aéreas) como medidas que impactaram o resultado do grupo SATA.
“Apesar do quadro negativo dos resultados apurados, quer em 2018 quer nos anos anteriores, o Conselho de Administração considera que a inversão dessa tendência é exequível a médio prazo, com alguns resultados já no decorrer de 2019”, prosseguiu o gestor.
As contas individuais de 2018 foram aprovadas na quarta-feira, dia 24 de abril, devendo os resultados consolidados do Grupo SATA – que deverão ser “similares”, afiançou António Teixeira – ser apresentados no final de maio.
O Governo da Região Autónoma dos Açores autorizou no final de março passado o lançamento de um novo concurso para a alienação de 49% do capital social da Azores Airlines, depois de o primeiro concurso ter sido cancelado (LINK notícia relacionada).
- Foto © Rui Guerreiro