As comandantes de linha aérea Chipo M. Matimba e Elizabeth Simbi Petros, da Air Zimbabwe, voaram juntas no cockpit de um Boeing 737 da companhia na passada sexta-feira, dia 13 de novembro, entre os aeroportos de Harare, capital do País, e Victoria Falls, num voo doméstico que fica para a história da companhia e das duas profissionais, pois foi o primeiro voo comercial de passageiros naquele tipo de aeronave com uma tripulação técnica constituída apenas por mulheres.
O feito tem obtido uma grande divulgação na imprensa e televisões dos países africanos, com grande destaque para as mulheres pilotos, focando sobretudo o fato de serem negras, razão que no passado recente não lhes permitia grande ascendente nas profissões técnicas especializadas.
A Air Zimbabwe, fundada em 1967, admitiu a primeira mulher piloto em 2009, contando atualmente com duas comandantes e três co-pilotos, que trabalham em igualdade de circunstâncias com os pilotos da companhia, maioritariamente homens.
O número de mulheres na aviação tem subido nos últimos anos, mas mesmo assim fica muito longe dos seus colegas masculinos. A Associação Internacional de Mulheres Pilotos (ISWAP) divulgou recentemente que existe 4.000 mulheres pilotos em companhias comerciais contra os 130.000 homens pilotos. Uma diferença muito grande.
As comandantes Chipo Matimba, à direita na imagem anterior, e Elizabeth Simbi Petros, entraram na companhia há vários anos. Chipo Matimba, por exemplo, começou na Força Aérea do Zimbabwé, em 1994, tendo entrado na aviação comercial em 12 de fevereiro de 2009.
No Zimbabwé, como noutros países africanos, há hoje entre os jovens grande interesse pela carreira da Aviação Comercial, sobretudo nos cursos técnicos. E a pilotagem não tem sido excepção, e está a ser muito acarinhada, também, pelas meninas.
- Fotos: Air Zimbabwe