A aprovação da venda de 61% do capital do grupo aéreo TAP Portugal ao consórcio ‘Atlantic Gateway’ será avaliada não só pela Autoridade da Concorrência de Portugal mas também da Alemanha e da Espanha, revela nesta segunda-feira o ‘Jornal de Negócios’, que se publica em Lisboa. O jornal refere na sua edição online que a informação foi obtida junto de fonte oficial.
O ‘Diário Económico’, outra publicação portuguesa dedicada aos assuntos económicos e de mercado noticiou nesta segunda-feira que a Direção-Geral da Concorrência da União Europeia, em Bruxelas, considerou que o negócio não tem dimensão europeia para ser avaliado por aquela instância europeia, no que diz respeito aos efeitos na concorrência. Por isso, tem de ser analisado ao nível dos Estados-membros.
As razões pelas quais a venda dessa parte do capital da TAP tem de ser também analisada na Alemanha e em Espanha, além de Portugal, estão relacionadas com o volume de negócios e peso no transporte aéreo.
Esta operação já recebeu aprovação por parte do Conselho Administrativo de Defesa Económica (CADE), a autoridade da concorrência brasileira.
O consórcio Atlantic Gateway apresentou uma proposta que prevê um investimento da ordem dos 600 milhões de euros, sendo 345 milhões de euros em capital permanente e 250 milhões de euros para a compra de novas aeronaves.
O Newsavia sabe que de acordo com os últimos estudos do grupo de trabalho que funciona junto do consórcio vencedor, a TAP irá adquirir nos próximos anos 56 aviões para renovar a sua frota. David Neeleman, o sócio minoritário do consórcio, mas que é apontado como o cérebro desta proposta, tinha falado de que a TAP iria comprar 53 aviões, deixando no ar a ideia de que poderiam ser mais. Até agora, sabemos que o número subiu para 56, se bem que o trabalho de desenvolvimento do projecto esteja a decorrer devagar, pois há todo o interesse em aguardar as aprovações das entidades envolvidas neste processo de privatização da maioria do capital do principal grupo aéreo português.
- Foto: Bruno Lima