Privatização não “estraga planos” de tornar a TAP numa das companhias mais atrativas

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Luís Rodrigues considera que a privatização da companhia aérea portuguesa TAP não “estraga os planos” de a tentar transformar numa das mais atrativas da indústria da aviação, acrescentando que vão trabalhar como se a venda não existisse.

“A privatização não estraga os nossos planos de tentar transformar esta companhia numa das mais atrativas da indústria. Vamos fazer o caminho com as equipas, vamos tentar baixar o tom, porque, de facto, a nossa sorte é que 75% dos nossos passageiros não são portugueses, não viram a CPI [comissão parlamentar de inquérito]”, afirmou nesta segunda-feira, dia 2 de outubro, o presidente do Conselho de Administração e presidente executivo da TAP, na sua intervenção no almoço promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), em Lisboa, com o tema “TAP, e agora?”.

O responsável garantiu ainda que a companhia vai trabalhar “como se não fosse haver privatização”.

“Posso garantir que quem vier vai dizer ‘esta malta é boa, estão-se a mexer, deixa estar, não toques, não estragues'”, acrescentou Luís Rodrigues.

 

“Não é aceitável um aeroporto dentro da cidade de Lisboa”

O presidente da TAP referindo-se à nova infraestrutura aeroportuária de Lisboa defendeu que não é aceitável um aeroporto dentro da cidade numa economia de futuro sustentável e que é preciso tomar uma decisão, “seja ela qual for”.

“Não podemos aceitar que, numa economia de futuro sustentável, haja um aeroporto dentro da cidade”, afirmou.

Um novo aeroporto é um projeto transformador de um país como Portugal e é preciso uma decisão, “seja ela qual for”, para que não se percam os turistas que o país recebe, alertou Luís Rodrigues.

 

“Francisco Sá Carneiro/Porto vai continuar a crescer enquanto não houver um novo aeroporto para Lisboa”

O presidente da TAP disse aos hoteleiros portugueses que o Aeroporto do Porto, na segunda maior cidade nacional, no norte do País, tem um papel maior do que tem tido até agora na programação da companhia aérea, que tem naquela infraestrutura a sua margem de crescimento enquanto não houver novo aeroporto.

“Para mim é muito claro que o Porto tem um papel maior do que tem tido até agora”, afirmou Luís Rodrigues, que disse ter ficado “contente” por ver que o decreto-lei que estabelece as condições para a privatização da TAP faz uma particular referência ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e ao seu crescimento.

“Não vamos ter novo aeroporto na região de Lisboa nos próximos 10 anos, mesmo que haja uma decisão amanhã. Até 2025 estamos relativamente condicionados pelo plano de reestruturação, […] mas entre 2025 e os próximos 10 anos a nossa margem de crescimento é o Porto. O Porto está no radar como não esteve até agora”, acrescentou.

 

 

 

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