Decorreu entre os dias 21 de Fevereiro e 4 de Março mais um exercício Real Thaw. Tratou-se da oitava edição deste exercício anual organizado pela Força Aérea Portuguesa que visa proporcionar formação especial para as unidades operacionais mais susceptíveis de participar em operações militares no âmbito dos quadros de cooperação internacional (NATO e U.E.).
Real Thaw 2016
A coordenação do Real Thaw 2016 foi executado a partir da Base Aérea de Beja, também o aeródromo de Seia foi activado e utilizado como base aérea táctica para dar apoio às missões aéreas e terrestres que decorreram nas áreas da Guarda e Pinhel, entre outras.
A fim de criar um ambiente multi-operacional e juntando às forças militares nacionais ( Força Aérea, Marinha e Exercito ) foram convidadas forças militares de outros países a participar no RT16 tendo sido desenvolvido um cenário ( fictício ) que pretendeu criar situações realistas e complexas que desafiaram as forças participantes a executarem as acções adequadas para cumprir as suas missões. Assim, para além das forças militares nacionais, estiveram presentes militares dos Estados Unidos, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Espanha e do Reino Unido.
Objectivos
A avaliação e a certificação das capacidades operacionais da Força Aérea, são os principais objectivos do RT16 e com base nestes objectivos, constrangimentos e restrições inerentes aos exercícios militares foi criado um cenário que proporcionasse os seguintes requisitos:
– Treinar num ambiente operacional o mais realista possível e típico dos teatros de operações atuais nos quais ops militares portugueses possam vir a ser chamados a participar.
– Proporcionar treino adequado aos vários participantes tendo em consideração os diversos tipos de meios (aéreos, terrestres e marítimos)
– Permitir testar a interoperabilidade entre os países participantes e os respectivos meios.
Participantes
O Real Thaw 2016 envolveu todos os ramos das Forças Armadas Portuguesas, Forças Aérea, Marinha e Exercito w as missões decorreram em ambos os ambientes diurno e nocturno. Os Estados Unidos participaram com Controladores Aéreos Avançados (FAC’s), uma esquadra de F-15C Eagle da base aérea de Lakenheath, Reino Unido ( 493th TFS “Grim Reapers”, 48th FW ), 2 C-130J Hercules e 2 MV-22 Osprey. Também se juntaram ao RT16 FAC’s da Holanda e da Dinamarca, a NATO participou com um DA-20 e um E-3A AWACS que realizaram missões de acompanhamento, controlo e vigilância do espaço aéreo. A Espanha enviou um C-212 Aviocar e vieram também C-130 Hercules da Holanda e Bélgica e ainda uma esquadra de helicópteros AS-550 da Dinamarca.
Participou ainda um Núcleo de Protecção da Força ( NPF), uma unidade do exercito de operações especiais, paraquedistas, uma Força Especial de saltadores de grande altitude e ainda um grande numero de militares nas áreas de manutenção, suporte, operações , informações , audiovisual e relações publicas.
Conclusões
O Real Thaw 2016 foi o oitavo exercício da serie que a Força Aérea Portuguesa realizou desde 2009, a Base Aérea de beja tem sido o palco dos últimos exercícios militares alguns dos quais alvo de avaliação e certificação das forças pela NATO.
Tratou-se de um exercício fundamental para os militares portugueses, uma vez que permite que a Força Aérea treine e opere conjuntamente com o exército, marinha e ainda outras forças militares internacionais de forma a melhorar o entendimento/entrosamento sobre operações multinacionais.
Este nível de preparação é vital para o sucesso de qualquer missão que as Forças Portuguesas possam vir a ter de desempenhar e o Real Thaw tem vindo a proporcionar a oportunidade para treinarem, praticarem e executarem missões complexas e combinadas que, actualmente, são extremamente importantes na área internacional.
A inclusão de ameaças do mundo real, semelhantes aos encontrados nos conflitos atuais como a Síria, Afeganistão e Iraque aumenta o valor do treino de forma exponencial.