Regressa a Cabo Verde primeiro avião da companhia nacional

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O ministro do Turismo e Transportes de Cabo Verde disse nesta quarta-feira, dia 14 de abril, que o regresso de um dos Boeing 757-200 da companhia nacional de bandeira ao País, salva 300 postos de trabalho e o pagamento de um conjunto de outras despesas.

Carlos Santos fez estas declarações, em conferência de imprensa, na ilha do Sal, após a chegada do aparelho (matrícula D4-CCG) ao Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na Cidade da Praia, decorridos cerca de 13 meses da suspensão dos voos, devido à pandemia da covid-19.

Congratulando-se com a conclusão do processo de certificação do Boeing da Cabo Verde Airlines pela Agência da Aviação Civil (AAC), na Islândia (LINK notícia relacionada), o governante disse que a chegada do avião marca a retoma dos voos da companhia, no momento em que se está a assistir a retoma das atividades turísticas, na essência, a retoma da atividade económica, no País.

Segundo Carlos Santos, o Governo “nunca desistiu” de salvar a companhia, por três razões, conforme sublinhou, nomeadamente salvar 300 postos de trabalho, em consequência, 300 famílias que dependem desta companhia, em segundo lugar dar seguimento àquilo que é a estratégia da criação do hub aéreo do Sal, inserida numa “visão mais ampla” de criação de um hub e de uma plataforma de redistribuição de passageiros e cargas.

“Procurando materializar a função de Cabo Verde enquanto um centro de prestação de serviços no atlântico médio. Por estas três razões faz e continua a fazer sentido a aposta nesta companhia”, sublinhou, referindo que a retoma do turismo é “acarinhada” pelo Governo, tendo em conta “o peso” que tem na economia.

“A chegada desse avião veio demonstrar um aturado trabalho juntamente com o parceiro islandês no sentido de viabilizar o reinício das atividades da companhia em Cabo Verde”, manifestou, esclarecendo que este processo resultou de “intensas negociações” que permitiram “algumas cedências de ambas as partes” para que se conseguisse viabilizar o reinício dessas atividades.

Enumerando algumas cedências, Carlos Santos apontou, designadamente, a nomeação de um administrador executivo por parte do Estado, cedências relativamente às tarifas de leasing, mas também, à redução dos  valores em dívida, das empresas associadas a esses dois parceiros, por forma a que a companhia conseguisse ter algum “fôlego financeiro”, a par do apoio do Estado no que diz respeito à garantia do empréstimo bancário que tornou este processo possível.

“Ou seja, há aqui cedências de ambas as partes, por isso que essa negociação foi demorada, dura, mas chegamos a um bom porto para reiniciar essas operações, com foco nos mercados da diáspora e mercados turísticos”, concretizou, sem contudo avançar com a data da chegada do segundo aparelho, ao País.

Para o titular da pasta dos Transportes, o reinício das operações da Cabo Verde Airlines é muito importante para a economia cabo-verdiana, numa fase em que se está com o processo de vacinação em curso, a retoma dos voos charters de determinadas companhias, designadamente da Luxair e das atividades turísticas.

“O que nos leva a acreditar que estamos próximo no fim dessa crise pandémica que levou à quase paralisação  da economia nacional”, concluiu.

 

  • Inforpress – Agência Cabo-Verdiana de Notícias

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