A importância da infraestrutura aeroportuária para o desenvolvimento socioeconómico da Região Autónoma da Madeira, em Portugal, foi tema da intervenção do secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura, no Fórum das Regiões Ultraperiféricas que decorreu em Bruxelas, na semana passada.
Eduardo Jesus focou o caso da acessibilidade aérea ao arquipélago, nomeadamente à ilha principal, também denominada Madeira, e ao posicionamento estratégico do seu aeroporto no que concerne às ligações existentes, companhias e destinos e, bem assim, na competitividade da operação e na evolução do modelo.
Uma participação que Eduardo Jesus considerou “altamente positiva”, na medida em que «possibilitou que a questão dos transportes, aéreos e marítimos, nas Regiões Insulares e Ultraperiféricas, fosse discutida ao mais alto nível e junto das várias representações que conhecem, de perto, condicionalismos que são semelhantes aos nossos e que procuram, igualmente, respostas para fazer face às dificuldades que derivam dessa mesma condição».
“Embora partindo de uma base que é comum, existem especificidades próprias que distinguem as Regiões entre si e a forma como as mesmas superam a sua Ultraperifericidade, no que respeita às acessibilidades externas”, explica o governante insular.
No caso da Madeira, “temos um aeroporto cujas condições de financiamento vieram estabelecer determinadas regras que, ainda hoje, nos condicionam em termos de competitividade”, lembrou Eduardo Jesus, razão para que “paralelamente, a dimensão reduzida do nosso mercado acaba por influenciar, diretamente, o número de companhias a operar e o espaço para que novas se sintam motivadas a entrar na operação”.
Eduardo Jesus faz questão de lembrar a evolução ocorrida, num aeroporto onde atualmente operam “45 companhias, com ligação a 76 destinos e cerca de 390 voos semanais”, reforçando, ainda, que, no total, “58% dos voos são regulares, 26% low cost e 16% charters”.