Algumas centenas de pessoas manifestaram-se na quarta-feira, dia 7 de setembro, em frente à sede do Parlamento da Região Autónoma dos Açores, na ilha do Faial, reivindicando a ampliação da pista do Aeroporto da Horta, que serve esta ilha portuguesa, onde se tem registado um número elevado de cancelamentos de voos nas ligações aéreas com Lisboa, capital do País.
“O objetivo é mostrar aos políticos e a quem nos governa que o Aeroporto da Horta precisa de ser melhorado”, explicou Dejalme Vargas, líder da manifestação popular, em declarações aos jornalistas, adiantando que o que está em causa são “questões de segurança”.
Segundo explicou, a pista do Aeroporto da Horta precisa de ser aumentada em cerca 240 metros para cada lado, para zonas de segurança, de forma a poder cumprir as exigências da ICAO, o regulador internacional da aviação civil.
“É o único aeroporto que recebe voos do exterior, com aeronaves A320, e que não tem estas zonas de segurança”, recordou Dejalme Vargas, admitindo que esta será também uma das razões para que a companhia aérea Azores Airlines, tenha cancelado diversos voos entre Lisboa e Horta.
Vasco Cordeiro, presidente do Governo Regional dos Açores, que estava na cidade da Horta, falou com os manifestantes e recebeu de Dejalme Vargas uma carta com as reivindicações em relação ao Aeroporto da Horta. Acerca de alguns excessos dos manifestantes, que o apuparam e lhe dirigiram palavras de ordem, o líder insular disse não gostar de “escarnecer o trabalho de ninguém”, e também que “não escarneçam” o trabalho do Governo a que preside.
“Não podemos esquecer que, se hoje há ligações e acessibilidades aéreas com o Faial, é porque a nossa companhia aérea (SATA) se chegou à frente quando a TAP abandonou o Faial”, recordou o presidente do Governo, já de regresso ao parlamento, respondendo assim às críticas sobre a operação da Azores Airlines no Aeroporto da Horta.