Todos os anos, no dia 9 de Maio, a Rússia celebra o final da 2ª Guerra Mundial com um desfile militar em Moscovo. Mas este ano foi diferente. As comemorações do 70º aniversário tiveram claras conotações políticas face à tensão com o ocidente devido ao conflito na Ucrânia.
Naquela que foi a maior demonstração de poderio bélico desde a queda da União Soviética, desfilaram na mítica Praça Vermelha 16 mil militares, cerca de duas centenas de blindados, e quase 150 aeronaves, ao longo de 50 minutos, com destaque para a aparição do novo caça Sukhoi Su-30SM e do carro de combate Armata T-14, apresentado como o tanque mais poderoso do mundo. O caça stealth Sukhoi T-50 PAK-FA, que tem sofrido alguns resvés no seu desenvolvimento, foi o grande ausente das passagens aéreas.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, sublinhou perante os milhares de convidados do Kremlin, entre eles 20 chefes de estado e de governo, como os Presidentes de Cuba, Venezuela e China, a chanceler alemã Angela Merkel e ainda o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, que a “aventura hitleriana” foi “uma lição horrível para toda a comunidade internacional”, acrescentando que agora, 70 anos depois, a história “apela de novo à razão e vigilância”.
Putin agradeceu ainda à França, Grã-Bretanha e aos Estados Unidos pela contribuição na vitória contra os nazis. “Agradeço aos povos da Grã-Bretanha, de França e dos Estados Unidos pela participação na vitória. Felicito os diferentes países antifascistas que tomaram parte nos combates contra os nazis nas fileiras da resistência e da clandestinidade”, declarou o Presidente russo.
Em protesto pela situação na Ucrânia, vários líderes ocidentais boicotaram as comemorações, uma posição que foi considerada um desrespeito pela população russa. Cerca de 27 milhões de soldados e civis soviéticos morreram no conflito, mais do que qualquer outro país.
A NewsAvia esteve presente no desfile através das lentes do André Garcez, que nos apresenta uma galeria de fotos imperdível :