Os novos aviões que a Ryanair incorporará na sua frota no próximo ano não serão colocado em bases do Reino Unido, pois a companhia irlandesa de baixo custo considera que há “muitas mais certezas políticas na Europa continental” após o triunfo do “Brexit”, informou na quarta-feira, dia 7 de setembro, Michael O’Leary, presidente executivo da Ryanair.
“Estamos a ser muito cautelosos sobre a capacidade que vamos atribuir ao Reino Unido nos próximos dois ou três anos até que tenhamos alguma indicação de como ficará o ‘Brexit”, disse O’Leary, aquando da apresentação de novas rotas de Verão à partida da cidade escocesa de Glasgow para cidades europeias.
O responsável pela Ryanair esclareceu que a cautela da companhia aérea não se deve a nenhum “enfado” com o Reino Unido mas ao fato da companhia irlandesa estar a ponderar que irá existir um período de alguma indefinição enquanto decorre a saída britânica da União Europeia.
“Nenhum dos novos aviões terá a sua base operacional no Reino Unido e já se está a ver que a decisão do ‘Brexit’ está a custar empregos reais, pois está a provocar a perda de visitantes reais e o adiamento de investimentos reais”, alertou.
Em 2014 a Ryanair fez uma encomenda à Boeing de 200 aviões da versão mais moderna da construtora norte-americana para o médio curso, o Boeing 737 MAX. O primeiro avião será entregue em 2019, segundo o contrato divulgado em Setembro desse ano. Entretanto a companhia está ainda a receber novos aviões Boeing 737-800 de uma encomenda de 180 aparelhos feita anteriormente.