A companhia irlandesa de baixo custo Ryanair anunciou nesta quarta-feira, dia 22 de julho, que vai encerrar a sua base de operações no Aeroporto de Frankfurt-Hahn, na Alemanha, no final da corrente temporada IATA.
A Ryanair alega problemas laborais, nomeadamente o facto dos pilotos não concordarem com uma proposta da companhia para baixarem os seus salários. O sindicato VC respondeu no início desta semana à companhia aérea que os pilotos não aprovaram a redução dos seus salários em 20 por cento nos próximos quatro anos, proposta pela Ryanair como medida para ajudar a empresa aérea a recuperar dos efeitos da pandemia de covid-19. Na votação, apenas 49,4% dos sindicalizados tinham concordado com a diminuição dos salários.
Entretanto, a estação televisiva britânica BBC noticiou que outras duas bases na Alemanha – Berlim/Tegel e Dusseldorf – poderão também encerrar, se os pilotos mantiverem igual posição. A companhia irlandesa voa para cerca de 20 aeroportos alemães, entre eles para Frankfurt International, que é o principal e mais movimentado da cidade.
A Ryanair enviou um comunicado aos seus pilotos a comunicar o encerramento em Frankfurt-Hahn, um aeroporto que fica a 120 quilómetros de distância do centro da cidade alemã, que é o centro financeiro do País, e onde explica que estas medidas são tomadas “para reduzir as perdas” geradas na companhia na sequência da diminuição dos voos no atual contexto de pandemia da covid-19.
O impacto desta decisão no número de empregos perdidos é ainda desconhecido, até porque a retoma está a mostrar grande procura por este segmento de viagens. Em maio passado, ainda ano início da pandemia na Europa, a Ryanair tinha anunciado que iria reestruturar a sua rede e os seus quadros de pessoal, admitindo o despedimento de cerca de três mil trabalhadores.
No início de julho, 96% dos pilotos da Ryanair aceitou um corte nos seus salários para salvaguardar os postos de trabalho que estavam ameaçados de despedimento.
Dias depois, o pessoal de cabina uniu-se a esta iniciativa, aceitando reduzir os seus salários nos próximos quatro anos para “evitar o desaparecimento de centenas de empregos”.
A Ryanair está hoje constituída em grupo, com quatro divisões e companhias aéreas, todas a funcionar no segmento de baixo custo: Ryanair, com sede na Irlanda; Lauda, Viena de Áustria; Buzz, Varsóvia, na Polónia; e Malta Air, na ilha de Malta.
- Notícia corrigida e atualizada – 17h30