A Ryanair, companhia irlandesa de baixo custo, recebeu nesta quarta-feira, dia 16 de junho, o seu primeiro avião Boeing 737 MAX 8-200 Gamechanger. O aparelho, registo EI-HEN, voou desde as instalações da Boeing, em Seattle (estado de Washington, noroeste dos EUA), sem escalas, tendo aterrado pelas 18h21 locais no Aeroporto de Dublin, na República da Irlanda. O voo (RYR82MO) demorou nove horas e quatro minutos, segundo os registos do site de rastreamento de aviões ‘FlightRadar24’.
Esta é a primeira entrega de um total de 210 aviões Boeing 737 MAX 8-200 Gamechanger, que a companhia afirma ser “um investimento em novas tecnologias, avaliado em mais de 22 mil milhões de dólares”.
Estas novas aeronaves transportarão mais quatro por cento de passageiros – um total de 200 em vez dos 189 previstos para a versão normal do B737 MAX 8 –, reduzirão o consumo de combustível em 16% por assento, as emissões sonoras em 40%, bem como as emissões de CO2 em quantidades semelhantes. O Grupo Ryanair, propositadamente e por uma questão de imagem de mercado, está a designar o novo avião por Boeing 737-8200 Gamechanger. Nos registos aeronáuticos internacionais, o modelo está a ser designado por Boeing MAX 8-200, com o código de tipo de aeronave B38M. A mudança de designação do modelo é uma pretensão do Grupo Ryanair, tendo em vista atenuar a imagem negativa que os dois acidentes fatais com modelos deste tipo de avião deixaram no passado. Veremos até que ponto, poderá, no futuro, haver uma clarificação das autoridades aeronáuticas ou da Boeing sobre o assunto.
“Estamos felizes por receber o nosso primeiro avião Gamechanger. Estes novos aviões Boeing 737 permitirão à Ryanair reduzir os seus custos, reduzir o consumo de combustível e diminuir as emissões de ruído e CO2, uma vez que investimos fortemente em novas tecnologias para reforçar o nosso compromisso ambiental como companhia aérea mais ecológica e responsável pelo meio ambiente”, afirma Michael O’Leary, presidente executivo do Grupo Ryanair.
As novas aeronaves oferecerão 197 lugares (em comparação com os 189 lugares de cada avião B737-800 da atual frota), permitindo maior conforto para os passageiros que terão mais espaço para as pernas, novos sky Interiors.
Em comunicado de imprensa distribuído na tarde desta quarta-feira, dia 16 de junho, Michel O’Leary promete aos seus passageiros tarifas ainda mais baixas, e assinala a redução da sua pegada ecológica, dada a mudança de frota.
O Grupo Ryanair espera receber apenas 12 aviões durante o verão de 2021, sendo que seis serão entregues nas cores da Ryanair e seis nas cores da Malta Air, devido aos atrasos verificados na recertificação destas aeronaves, como é de conhecimento geral.
A Ryanair espera receber uma entrega adicional de 50 aviões B737 MAX 8200 Gamechanger antes do verão de 2022, o que permitirá ao Grupo Ryanair recuperar com força, oferecer novas rotas, tarifas mais baixas, bem como recuperar o tráfego em aeroportos em toda a Europa, à medida que a indústria do turismo se recupera do impacto devastador da pandemia de covid-19″, adianta a nota de imprensa.
A Ryanair Holdings Plc, é presentemente o maior grupo de companhias aéreas da Europa, inclui a Buzz, Lauda, Malta Air e Ryanair. O grupo transporta mais de 149 milhões de passageiros anualmente (antes da pandemia), operando mais de 2.100 voos diários a partir de 81 bases e conectando mais de 240 destinos em 40 países.
As companhias aéreas do grupo dispõem de uma frota de mais de 470 aeronaves, e aguarda uma encomenda adicional de 210 Boeing 737 MAX 8200 Gamechanger, o que permitirá à Ryanair Holdings reduzir as suas tarifas e aumentar o seu tráfego para 200 milhões de passageiros anuais nos próximos cinco ou seis anos.
O Grupo Ryanair conta atualmente com mais de 16.000 trabalhadores altamente qualificados para oferecer as mais elevadas taxas de pontualidade na Europa, além de um recorde de segurança de 35 anos sem falhas. Este grupo de companhias aéreas reivindica para si a condição de “mais limpo e ecológico da Europa”. “Os clientes que viajam com a Ryanair podem reduzir as suas emissões de carbono em até 50%, em comparação com as outras quatro grandes companhias aéreas da União Europeia”, afirma.