A SAS – Scandinavian Airlines, companhia aérea transnacional dos países da Escandinávia – Dinamarca, Noruega e Suécia – anunciou na manhã de hoje, segunda-feira, dia 8 de Dezembro, que adquiriu a totalidade do capital da empresa Cimber A/S, dona da companhia aérea regional dinamarquesa Cimber.
A aquisição, segundo refere o comunicado oficial da SAS, confere à companhia escandinava uma maior mobilidade em termos de ligações regionais, na medida em que passa a deter, a partir de agora, uma plataforma que tinha se revelado muito eficaz na sua rede, nos últimos 10 anos, por via de um acordo de ‘wet lease’ celebrado entre as duas companhias.
A SAS vai transferir para a Cimber, em Copenhaga, a sua frota de 12 jatos regionais Bombardier CRJ900, e vai deter-se apenas nas operações com aviões de médio e longo curso Airbus e Boeing. A opção da SAS, refere o presidente executivo da empresa, Rickard Gustafson, permitirá um tratamento diferenciado e mais eficiente da sua rede de voos regionais, com benefícios diretos e imediatos na sua gestão e no seu relacionamento com os clientes.
A actual frota de aviões Bombardier CRJ200 e de ATR72 será descontinuada e os aparelhos serão devolvidos aos ‘lessors’ e/vendidos, como, aliás, já estava a ser feito pela última administração da companhia, cuja posição económico-financeira era muito má.
A Cimber é uma companhia dinamarquesa de dimensão regional, que realizava voos domésticos na Dinamarca e também em diversas rotas para outros países do Norte da Europa. Tem sede em Sønderborg e base operacional no Aeroporto de Kastrup/Copenhaga. Foi criada em 1950 e até agora trabalhava com várias companhias escandinavas, a quem aluga os seus aviões. Desde 2004 que a Cimber tem um acordo de aluguer de aeronaves em regime de ‘wet lease’ com a SAS, que expirava em Março do próximo ano.
Nesta última década, a Cimber comprou a Sterling Airlines, aquando de uma segunda falência (Outubro de 2008) desta companhia aérea, também dinamarquesa, e que foi uma das pioneiras dos voos charters para transporte de turistas da Europa do Norte para destinos de sol e praia. Retomou alguns dos seus voos para destinos turísticos com aviões Boeing 737, implementando ao mesmo tempo uma rede de voos de baixo custo entre aeroportos europeus, mas o negócio não se mostrou vantajoso, nem permitiu a sobrevivência da Sterling Airlines, que em 2005 chegou a ter 1.600 empregados e cerca de 30 aviões que voavam para 40 destinos em todo o mundo.