SATA regista prejuízo de mais de 25 milhões de euros em nove meses de 2017

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Evento Participativo LusoAvia - Aceda ao grupo de linkedin.O Grupo SATA registou nos primeiros nove meses de 2017 um prejuízo de 25,14 milhões de euros, segundo contas divulgadas na semana passada na Região Autónoma dos Açores, onde o grupo tem a sua sede e veiculadas pela agência noticiosa portuguesa ‘Lusa’.

A SATA Internacional (que utiliza a designação comercial Azores Airlines) e que engloba as operações do Grupo SATA para fora da Região Autónoma dos Açores, fechou o terceiro trimestre de 2017 com um prejuízo de 20,6 milhões de euros, estando ainda por fechar as contas finais do ano.

De acordo com informações enviadas pelo Governo Regional à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), e referentes às contas das empresas do setor público açoriano, ao prejuízo da SATA Internacional junta-se um resultado líquido negativo de 4,54 milhões de euros da SATA Air Açores, responsável pelas ligações aéreas dentro do arquipélago.

A informação enviada pelo executivo regional ao parlamento açoriano – e que não engloba uma comparação com período homólogo – resulta de um pedido do Partido Social Democrata (PSD) para que fossem divulgados os relatórios trimestrais de contas das empresas do Sector Público Empresarial Regional (SPER).

O Governo Regional dos Açores, liderado pelo socialista Vasco Cordeiro, “continua a considerar que cumpre” as obrigações legais, nomeadamente com a apresentação de números em sede no boletim de execução orçamental, mas apresentou o balanço e demonstração de resultados referentes ao terceiro trimestre de 2017.

O executivo açoriano tem neste momento em curso o processo para alienar até 49% da Azores Airlines, precisamente a operação para fora da região autónoma: este é “um processo legitimado pelo parlamento e que decorre com total transparência”, vincou já o secretário regional Adjunto da Presidência para os Assuntos Parlamentares, Berto Messias.

Foi já nomeada pelo executivo uma comissão especial que vai acompanhar a alienação parcial de até 49% da participação social indireta que a região detém na companhia aérea.

A comissão é presidida pelo advogado Luís Paulo Elias Pereira e integra ainda o economista António Gabriel Fraga Martins Maio e o professor universitário da área da gestão de empresas João Carlos Aguiar Teixeira.

Compete à comissão, precisa o executivo açoriano, “elaborar os pareceres e relatórios que o Governo dos Açores entenda necessários sobre as matérias relacionadas com o processo, apreciar e submeter aos órgãos e entidades competentes quaisquer reclamações que lhes sejam submetidas e publicar um relatório final das suas atividades”.

No começo do mês, Vasco Cordeiro tinha indicado que o processo público de alienação de 49% da Azores Airlines arrancaria ainda em fevereiro, na procura de um “parceiro estratégico” que garanta “robustez” à transportadora aérea.

A Azores Airlines, que faz voos de e para fora do arquipélago açoriano, “opera, atualmente, numa realidade bastante diferente da do passado recente”, vincou na ocasião Vasco Cordeiro, lembrando o governante que “há pouco mais de três anos operavam regularmente nos Açores duas companhias com gestão 100% pública”.

“Hoje, este cenário alterou-se profundamente havendo mais companhias a operar nos Açores e apenas uma, a SATA, com gestão pública. Mesmo a nível europeu, em cerca de uma década, grandes companhias aéreas de bandeira foram absorvidas por capitais privados e, mais recentemente, mesmo companhias de baixo-custo, consideradas o modelo de sucesso da aviação civil, estão a enfrentar graves constrangimentos operacionais”, sublinhou ainda à época o chefe do executivo dos Açores.

A “nova realidade” do mercado obriga a uma “permanente” avaliação da SATA e, em concreto, da Azores Airlines.

“O grande desafio que a Azores Airlines enfrenta não se resume a uma questão de capital. O grande desafio tem a ver, sobretudo e numa primeira fase, com a aliança a um parceiro estratégico que possa trazer consigo, ou que possa congregar à sua volta, o reforço da capacidade operacional, da capacidade técnica, de frota e de recursos, entre outros, que alavanquem a atividade da empresa”, disse também Vasco Cordeiro.

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