Sevenair coloca Jetstream em Cabo Verde e vende avião CASA C-212

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A Unicâmbio dá milhas 1€=1Milha


 

O Governo da República de Cabo Verde anunciou, para ainda este mês, uma solução transitória para o problema do transporte de doentes entre as ilhas do arquipélago, que passa pelo aluguer de um avião turboélice bimotor Jetstream 32 (na imagem de abertura) ao grupo português Sevenair. Este aparelho esteve nos últimos anos baseado na ilha do Porto Santo, onde assegurava a linha regular entre as duas ilhas habitadas do arquipélago da Madeira. A sua cabina será configurada com equipamentos de emergência médica para que possa cumprir o fim a que se destina.

O anúncio foi feito na quarta-feira, dia 4 de julho, pelo ministro da Defesa, Luís Filipe Tavares, em declarações aos jornalistas após a assinatura do memorando de entendimento para a evacuação médica de doentes entre o Ministério da Defesa (representado pelas Forças Armadas de Cabo Verde), o do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e as seguradoras ‘Garantia’ e ‘Impar’.

Trata-se do mesmo grupo português com o qual o Governo está a negociar uma solução definitiva, ou seja, a aquisição de um avião CASA C-212 Aviocar, que deverá chegar a Cabo Verde até ao final deste ano, conforme prometeu o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

“Apresentamos uma solução transitória que será esse Jetstream que é uma aeronave bastante rápida e também utilizada a nível internacional para evacuações médicas, que é a nossa prioridade de momento”, precisou o governante.

Segundo o ministro da Defesa, trata-se de uma aeronave com “excelente autonomia e rapidez sobretudo”, para fazer a ligação entre ilhas e “não tem nenhuma limitação” em termos de operações nos aeroportos de Cabo Verde.

A este propósito, Luís Filipe Tavares disse ainda que o embaixador de Cabo Verde em Lisboa assinou nesta mesma quarta-feira, dia 4 de julho, em Lisboa, um acordo com o Grupo Sevenair para que o Jeststream possa estar nas próximas semanas em condições de operar e prestar um serviço de qualidade às populações das ilhas.



No memorando agora assinado, ficou estabelecido a comparticipação de todos, do Governo, através da Guarda Costeira, do INPS, das seguradoras ‘Garantia’ e ‘Ímpar’, que vão participar no financiamento desta operação, além do Estado através do Ministério das Finanças.

A aeronave provisória estará sedeada na Cidade da Praia, ilha de Santiago, ao serviço da Guarda Costeira e também prestará o serviço de evacuação médica e de busca e salvamento em todo o território nacional.

Foto © André Garcez

Quanto à aeronave tipo CASA C-212 Aviocar, um bimotor que serviu durante vários anos na Força Aérea Portuguesa (FAP), que será a “solução definitiva” para o problema das evacuações em Cabo Verde, o governante adiantou que esta poderá também vir a operar nos aeródromos de Ponta do Sol, na ilha de Santo Antão, e de Esparradinha, na ilha da Brava, com a reabilitação dos dois aeródromos.

A Força Aérea Portuguesa operou desde 1974 uma frota de cerca de duas dezenas de aviões CASA C-212 Aviocar. Em Dezembro de 2011, os 17 aparelhos desse tipo que ainda estavam na FAP foram desativados e substituídos por 12 aviões Airbus C-295, um bimotor turboélice desenvolvido para o transporte tático militar pela Airbus, que adquiriu a fábrica espanhola em 1999.

O Grupo Sevenair adquiriu seis aviões CASA C-212 Aviocar, que foram da FAP, em concurso público internacional. Outros dois foram vendidos à Força Aérea do Uruguai.

 

  • Com informações da INFORPRESS – Agência Cabo-Verdiana de Notícias
  • Foto de entrada © Paulo Brito/Movimentos Porto Santo




1 COMENTÁRIO

  1. Quero ver este projecto a andar, porque vejamos
    – A adaptação deste tipo de avião para o transporte de doentes, primeiramente terá de ter o aval mediante as normas internacionais da aviação, ou seja, não é só tirar umas cadeiras e acrescentar uma maca, tudo tem de ser regulamentado, inspeccionado e autorizado;
    – Aluguer, um jato deste custa em média 50.000cts de aluguer por mês;
    – Os custos com combustível e manutenção serão suportados por quem ? Porque o avião não terá fins comerciais, logo, não tem como garantir o seu próprio sustento, e um jato deste consome no mínimo 200cts de combustível por cada ligação Ilha-Ilha;
    – Tripulação, o mesmo terá de ter uma tripulação mínima de 4 pessoas, 2 Comandantes, 1 Oficial de bordo e 1 Médico-enfermeiro, os salários já sabemos, estão la em cima ;
    – Aeroportos, terão de ser pagos todas as entradas, saídas e estacionamentos nos aeroportos, sem contar com as taxas de embarque e desembarque dos próprios doentes e seus acompanhantes;

    O GOV esta entrando nesta fantasia de avião para evacuação e de certeza não estão fazendo os cálculos, quando a solução devia ser diretamente com a BINTER que já tem toda a logística de voos inter-ilhas, e que pontualmente iria garantir a evacuação, porque com ou sem doentes para evacuar sustentar 1 avião parado custa e muito …

    Pensem bem !!!

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