Sevenair coopera com Timor-Leste na criação de uma estratégia para o transporte aéreo

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A empresa portuguesa de aviação Sevenair vai ajudar a República Democrática de Timor-Leste a elaborar uma estratégia para o setor dos transportes aéreos, no qual o país é dependente de operadores indonésios e australianos.

Alexandre Alves (foto de abertura), administrador da empresa, disse à agência de notícias portuguesa ‘Lusa’ que a Sevenair já foi abordada por dois governos distintos para analisar o mercado timorense, o que está a fazer neste momento, tendo já realizado duas visitas ao território.

Nestas visitas, acrescentou, a empresa constatou que Timor-Leste tem um grande problema, que é a distância, mas, ao mesmo tempo, pode ser uma oportunidade, “porque nem toda a gente está disposta a investir tão longe”.

Alexandre Alves também constatou que existem algumas semelhanças com Cabo Verde, país onde a Sevenair iniciou operações no ano passado, ao alugar um avião ao Estado cabo-verdiano para o transporte de doentes.

“Apesar de eles [Timor-Leste] estarem numa ilha apenas, as acessibilidades entre as cidades não existem, para fazer 80 quilómetros de estrada demoram três/quatro horas, é quase como se tivessem em ilhas”, constatou o responsável pela companhia portuguesa, na entrevista concedida à ‘Lusa’ na Cidade da Praia, em Cabo Verde, na quala explicou que “não existe uma cobertura aérea neste momento em Timor-Leste e que foi feito algum investimento a nível de aeroportos, mas não existe transporte aéreo”.

“Nesta fase, o que propusemos fazer é ajudar o Governo a delinear uma estratégia para o transporte aéreo, porque penso que neste momento é o que falta”, disse, afirmando que o país está 100% dependente de empresas indonésias e australianas.

“É necessário criar aqui alguma independência do território, até para garantir a soberania nacional. O transporte aéreo é uma ferramenta muito importante nesse sentido e nós propusemos a delinear esse plano estratégico para o setor aeronáutico”, reforçou Alexandre Alves, à ‘Lusa’.

Só depois de elaborar essa estratégia e ajudar a encontrar soluções a Sevenair poderá avaliar a possibilidade de entrar no mercado timorense, segundo o administrador comercial.

“Existem algumas restrições, dada a distância, mas também existem oportunidades. A avançar para lá é algo que estamos a falar para alguns anos, não é algo que se possa fazer no próximo ano”, manifestou.

 

Sevenair forma técnicos de manutenção de aeronaves (TMA) em Cabo Verde

Alexandre Alves vincou que, neste momento, a “grande aposta” da Sevenair é o mercado cabo-verdiano, onde vai iniciar a 14 de outubro próximo a formação de Técnico de Manutenção de Aeronaves (TMA), em parceria com a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).

Com 32 anos de história, a Sevenair é uma das principais academias aeronáuticas da Europa, tendo neste momento perto de 700 alunos, de 36 nacionalidades, com formações em todas as áreas da aviação.

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