O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) publicou na terça-feira, dia 28 de Janeiro, um comunicado assinado pela Directoria sindical que intitula ‘Nota de repúdio’, que, pretende exactamente repudiar “diversas informações incorretas que parte da mídia vem divulgando sobre o acidente que matou o presidenciável Eduardo Campos e mais seis pessoas no dia 13 de agosto de 2014, apontando de antemão uma possível culpa dos pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha”.
Em primeiro lugar, o SNA ressalta que, conforme o próprio CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) divulgou em coletiva realizada na segunda-feira, dia 26 de Janeiro, ainda não existe um relatório final e não é possível determinar, neste momento, as verdadeiras causas da queda.
O SNA frisa ainda que a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), responsável por emitir e fiscalizar as licenças e habilitações de pilotos, confirma que tanto piloto como copiloto estavam com licenças válidas para aquela aeronave.
Em nota, a agência reguladora afirma: “Sobre o piloto em comando e o copiloto, a ANAC informa que os profissionais estavam com licença e habilitação C560 válidas no momento do acidente, o que permitiria operar todas as aeronaves desta família para as quais eles estivessem treinados. O regulamento da ANAC prevê o treinamento de diferença específico para que seja permitido transitar entre os diferentes modelos de aeronaves, tais como a transição entre os modelos XLS e XLS+. Segundo os registros de voo verificados pela ANAC por meio do Sistema Decolagem Certa, o comandante Marcos Martins havia realizado mais de 90 voos no modelo da aeronave C560XLS+.”
Por fim, ainda que tenha ocorrido falha humana, o SNA chama a atenção para os fortes indícios de que os pilotos poderiam estar trabalhando sob efeito de fadiga provocada por jornadas de trabalho extenuantes — tema que tem mobilizado toda a categoria dos aeronautas, inclusive com um recente movimento de greve, justamente por estar diretamente ligado à segurança de voo.