O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) considera o despedimento coletivo de 28 tripulantes da TAP “ilegal” e “sem fundamento” e disse que vai contestar junto dos tribunais.
“A posição do sindicato é a de considerar este despedimento completamente ilegal, injusto e inconsequente, sem fundamento, numa empresa que está a caminhar para uma retoma no setor da aviação e que todos os tripulantes que a TAP tem são necessários”, disse à agência de notícias ‘Lusa’ o presidente do SNPVAC, Henrique Louro Martins.
O sindicato adiantou também que vai recorrer a todos os meios legais ao seu alcance para evitar o despedimento coletivo, contestando junto dos tribunais.
A TAP anunciou nesta quinta-feira, dia 8 de julho, um despedimento coletivo que abrange 124 trabalhadores, dos quais 28 são tripulantes de cabina, selecionados, explicou Louro Martins, através do uso de um algoritmo criado por uma empresa que trabalha para a companhia aérea e que segue critérios como a assiduidade, ou processos disciplinares.
“Não pode a TAP, com base em critérios que ela própria arranjou, depois escolher os tripulantes com base num algoritmo que outra empresa que trabalha para a TAP arranjou, e com isto, sortear os tripulantes para virem a fazer parte deste despedimento coletivo”, defendeu o presidente do SNPVAC.
O dirigente sindical considerou que a TAP está a “fazer um despedimento coletivo só porque tem de se fazer um despedimento coletivo”, para apresentar à Comissão Europeia.
“Bem sabemos que começámos com um número de 747 e estamos a falar de 28 pessoas, mas nem que fosse só uma, não estaríamos satisfeitos”, sublinhou o responsável.
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