As três principais centrais sindicais de Espanha convocaram nesta quarta-feira, dia 16 de agosto, uma greve geral de 25 dias, a partir do próximo dia 15 de setembro e até 30 de dezembro, que afetará todos os aeroportos do País.
Depois de desesperarem por uma resposta das entidades patronais, quando às suas reivindicações salariais e de revisão contratual, as centrais Comisiones Obreras (CC.OO.), Unión General de Trabajadores (UGT) e Unión Sindical Obrera (USO) concretizaram a ameaça de convocação das paralisações distribuídas ao longo d eperíodos de 24 horas, nomeadamente aos fins-de-semana e nos períodos de pontes por ocasião das férias de Natal e da Passagem do Ano.
As centrais sindicais reclamam um aumento salarial para mais de 8.000 trabalhadores da AENA, empresa concessionária dos aeroportos de Espanha, e da Enaire, entidade pública empresarial, tutelada pelo Ministério do Fomento, proprietária de 51 por cento do capital da AENA.
Desde 2010 os trabalhadores perderam oito por cento do seu poder de compra devido ao congelamento das remunerações na AENA, o que contrasta com os bons resultados dos últimos exercícios da empresa dos aeroportos, que está cotada em Bolsa desde 2015.
Além do aumento salarial os sindicalistas exigem a contratação de mais 700 novos trabalhadores nos aeroportos para cobrir diversas vagas em aberto desde há vários meses.
O anúncio desta greve geral nos aeroportos espanhóis coincide com a greve dos agentes de segurança privada, em serviço nos controlos de passageiros e de bagagens no Aeroporto de Barcelona/El Pratt, o segundo mais movimentado de Espanha, que começou no passada segunda-feira, dia 14 de agosto.