SITAVA e Portway reúnem-se para discutir pressões a trabalhadores com horário flexível

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O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) anunciou nesta terça-feira, dia 27 de outubro, em Lisboa, que vai reunir-se na próxima quinta-feira com responsáveis da Portway, empresa de assistência a passageiros e aeronaves em escala, ramo de negócio aeroportuário vulgarmente denominado por handling, para discutir alegadas “pressões” a trabalhadores com horários flexíveis.

Uma fonte do sindicato adiantou que estão em causa quatro trabalhadores que viram a CITE (Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego) dar parecer positivo ao seu pedido de horário flexível, em 2016.

Segundo o SITAVA, a Portway “impõe condições” a estes funcionários, mudando horários de um mês para o outro ou alocando os trabalhadores ao período noturno, mesmo que não haja, neste momento, voos para operar.

“Na Portway como há aqueles três trabalhadores [uma das funcionárias está com gravidez de risco] é como se fosse uma porta escancarada para outros” pedirem horários semelhantes, lamentou a mesma fonte.

Quanto aos outros trabalhadores que estiveram numa situação parecida “simplesmente despediram-se, foram embora por não saber como seria o mês a seguir”, garantiu a mesma fonte, assegurando que o parecer da CITE se mantém válido, até porque são apenas quatro trabalhadores, em cerca de mil e por isso não pode ser alegado “que causam dano à empresa”.

Contactada pela agência de notícias ‘Lusa’, a Portway, empresa que pertence à ANA Aeroportos de Portugal, garantiu que “não quer acabar com esses horários, apenas os adaptou às características atuais da operação e à dimensão” que existe atualmente, assegurando que o fez “em linha com as orientações da CITE e dentro do que a lei permite neste tipo de situações”.

O grupo referiu ainda que “está a tentar conciliar os vários interesses dentro das possibilidades”.

Na mesma reunião serão abordadas algumas questões, que o SITAVA classifica como “violações ao acordo de empresa [AE]” da empresa. “A Portway não tem cumprido totalmente o AE, o que nos preocupa bastante”, lamenta o sindicato.

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