O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) admitiu nesta quarta-feira, dia 31 de maio, novas paralisações nas duas companhias do grupo aéreo SATA se as reivindicações não forem atendidas na sequência da greve marcada para estas quinta e sexta-feiras, dias 1 e 2 de junho.
“É evidente que admitimos uma nova greve, a nossa própria moção refere isso. A SATA não está a cumprir a Lei e o acordo de empresa”, declarou Bruno Fialho aos jornalistas, na sequência de um encontro com deputados do PSD no parlamento regional, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
O dirigente afirmou que a proposta formalizada nesta quarta-feira pelo conselho de administração do grupo SATA, após a reunião na terça-feira entre elementos da empresa e sindicato, “continua a não preencher minimamente o que se exige”, quer para os trabalhadores quer para a companhia.
“Ou existem compensações ou têm que cumprir integralmente todo o acordo de empresa. Não podem é querer ficar a meio do caminho, o que é impossível. Melhores condições de trabalho é o mais importante e a empresa nem isso quer dar”, declarou o sindicalista.
Bruno Fialho referiu que o SNPVAC continua disponível para dialogar ainda hoje ou durante o período de greve e defendeu “maior proatividade” da administração da SATA, que deve ser materializada através da realização de mais reuniões.
Tripulantes de cabina do grupo aéreo SATA (Azores Airlines e SATA Air Açores) estarão na quinta e na sexta-feiras em greve, convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, precisamente um mês depois de uma outra paralisação.
A 21 de abril, o sindicato, que já tinha marcado greve para 1 e 2 de maio, que cumpriu, estendeu a paralisação para 1 e 2 de junho.