A Sonangol (Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola E.P.) anunciou nesta quinta-feira, dia 2 de agosto, que confiou aos grupos Heliconia Luxembourg e CHC Helicopters (Canada) a tarefa de juntamente com a sua organização de transporte aéreo, a SonAir, estudarem este segmento de atividade da companhia petrolífera angolana, numa perspectiva de regeneração, tendo em vista a implementação de um nova estrutura operacional e de um plano de negócios mais eficiente para a empresa pública angolana.
Uma nota de imprensa distribuída pela Sonangol indica que o entendimento contempla atividades diversas, com prioridade para a busca de soluções urgentes para o atendimento aos operadores petrolíferos.
O memorando compreende duas fases, devendo a primeira abarcar a avaliação interna completa da SonAir em termos de organização, processos e sistemas, enquanto a segunda poderá, após análise, ditar a formação de um consórcio entre aquelas empresas estrangeiras e a companhia de aviação da Sonangol, visando fundamentalmente o relançamento das suas atividades.
O memorando foi assinado por Carlos Saturnino, presidente do Conselho de Administração da Sonangol E.P., e por Daniel Sigaud, presidente do Grupo Heliconia [tem sede no Luxemburgo e empresas subsidiárias em França e em Marrocos], que lidera o consórcio com a CHC Helicopters e a Sonangol.
As duas empresas estrangeiras dedicam-se à gestão de frotas e ao aluguer de helicópteros para explorações petrolíferas, nomeadamente para serviços de transporte de técnicos e trabalhadores para plataformas off shore. A CHC Helicopters, por exemplo, tem uma frota com cerca de 250 aparelhos, com estações em diversos países, nomeadamente no Brasil e na Nigéria.
A Sonair, companhia aérea da Sonangol, tem presentemente uma frota de asa fixa constituída por dois aviões Boeing 737-700 e seis Beechcraft B1900 e uma frota de asa rotativa com diversos aparelhos, mais de duas dezenas. Contudo, dadas as dificuldades na importação de sobressalentes e de outros equipamentos de substituição de produção estrangeira, provocada pela falta de divisas, diversos helicópteros estão fora de serviço. Informações de boa fonte indicaram-nos que na SonAir apenas estão operacionais três Sikorsky S-76 e dois Airbus EC225 para transporte e mais três S-76 preparados para evacuações sanitárias (MEDIVAC). Portanto, estão operacionais apenas oito helicópteros.
Os Boeing 737-700 e os B1900 são utilizados na rede comercial da SonAir, que tem voos regulares de Luanda para outras cidades angolanas: Cabinda, Catumbela, Lubango, Malanje e Soyo.