O ministro da Defesa da República Bolivariana da Venezuela confirmou na tarde desta sexta-feira, dia 18 de setembro, que morreram os dois pilotos-aviadores que tripulavam um avião de ataque Sukhoi Su-30, de fabrico russo, e integrado na Força Aérea da Venezuela, também denominada Aviação Militar Bolivariana.
As informações recolhidas indicam que o avião se despenhou na noite da passada quinta-feira, dia 17 de Setembro, quando seguia numa missão de perseguição de uma aeronave que viajava ilicitamente no espaço aéreo da Venezuela, provavelmente envolvida no narcotráfico.
O Sukhoi Su-30 caiu por motivos que se desconhecem e foi encontrado em Cajón del Arauce, no Estado de Apure, no norte ocidental do país, muito próximo da fronteira com a Colômbia. O avião está destroçado e os seus dois tripulantes estavam mortos, lamentou o ministro que, tal como o Presidente da República, Nicoals Maduro, manifestou a sua tristeza pelo sucedido e transmitiu às famílias dos pilotos as condolências das Forças Armadas Bolivarianas e do Estado Venezuelano.
Os dois falecidos são os capitães Ronald Ramírez Sánchez (32 anos) e Jackson Garcia Betancourt (33 anos). Ambos prestavam serviço no Grupo Aéreo 11 da Aviação Militar Bolivariana.
O ministro da Defesa, general-chefe Vladimir Padrino López, esclareceu que este acidente nada tinha a ver com os incidentes que se têm verificado na fronteira com a Colômbia, para onde a Venezuela deslocou tropas e reforçou forças policiais para controlar o que o Governo de Caracas diz ser um recrudescimento do tráfico de droga e contrabando de produtos alimentares e outras, através das suas fronteiras. O estado de emergência estendeu-se nesta sexta-feira a 20 municípios, os quais têm fronteiras fechadas com povoações colombianas, abrangendo os Estados venezuelanos de Táchira, Zúlia e parte de Apure.
O avião que caiu na quinta-feira perseguia uma aeronave suspeita que não se identificou, o que é caso frequente no espaço aéreo da Venezuela. Desde 2012 com a entrada em vigor da nova Lei de Controlo do Espaço Aéreo que a Aviação Militar Bolivariana já inutilizou ou imobilizou quase 100 aeronaves, todas a trabalhar de forma clandestina e ilícita e envolvidas no transporte de drogas. Padrino López disse nesta sexta-feira, em Caracas, que os pilotos militares da Venezuela já impediram o transporte e entrada em circulação no mercado clandestino de cerca de 180 toneladas de haxixe e heroína.