TAP fecha 2022 com lucro de 65,6 milhões de euros

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A TAP encerrou o ano 2022 com um lucro líquido de 65,6 milhões de euros, um aumento de 1 664,7 milhões de euros em relação ao ano anterior. Um resultado esperado, já que os exercícios dos últimos dois semestres apontavam nesse sentido, tal como apontava a imprensa económica portuguesa.

Nos últimos cinco anos 2022 foi o único que a companhia aérea de bandeira portuguesa apresentou um resultado líquido positivo. Num comunicado distribuído na manhã desta terça-feira, dia 21 de março, em Lisboa, a presidente executiva da TAP SA, Christine Ourmières-Widener, destaca que “durante o primeiro ano completo do Plano de Reestruturação, a TAP gerou um lucro operacional que é um recorde histórico para a empresa”.

Os aviões da TAP transportaram no ano passado um total de 13,8 milhões de passageiros, um aumento de 136,1% em relação ao ano anterior e atingindo 81% dos níveis de 2019.

A companhia revela que em 2022, as receitas atingiram 3 485 milhões de euros, 151% acima do ano fiscal de 2021, juntamente com um nível de atividade mais elevado (o ASK, que significa o número de assentos disponíveis multiplicado pelos quilómetros voados, aumentou 94,2%).

O número de voos operados também aumentou significativamente em 74,9% o ano passado, atingindo 79% dos níveis pré-crise.

A capacidade atingiu 87% dos níveis pré-crise, aumentando 94,2% em comparação com o ano anterior.

O load factor (média de passageiros por voo face ao número de assentos disponibilizados) melhorou 17 pontos percentuais em relação ao ano anterior, atingindo 80%, apenas 0,1 pontos percentuais abaixo do nível de 2019.

O PRASK (receita operacional dividida pelo total de assentos-quilómetro disponibilizados ) em 2022 foi de 6,68 cêntimos de euros, uma melhoria de 48,2% em comparação com o ano anterior e de 20,5% em comparação com 2019.

Os custos operacionais recorrentes também aumentaram em 73,4% para 3 236,2 milhões de euros, resultando num EBIT recorrente positivo de 248,8 milhões de euros, um aumento de 726,7 milhões de euros, ou 4,7 vezes o montante no ano fiscal de 2019.

O custo do combustível mais do que triplicou, aumentando em 756,2 milhões de euros numa base anual para 1 096,7 milhões de euros. Apesar de levar a um efeito positivo de 85,5 milhões de euros, o hedging só reduziu marginalmente o efeito do aumento dos preços do combustível, que só por si contribuiu com 458,4 milhões de euros para o aumento dos custos com combustível.

No acumulado do ano, o CASK (custo do quilómetro por assento disponível) dos custos operacionais recorrentes diminuiu 10,7% em comparação com o ano anterior, baixando para 7,04 cêntimos de euro. Excluindo o combustível, a redução foi de 27,8%, levando os custos unitários sem combustível a 4,66 cêntimos de euro, apenas 0,5% abaixo do nível de 4,68 cêntimos de euro de 2019.

Christine Ourmières-Widener, presidente executiva da TAP, considera, face a estes resultados, que “durante o quarto trimestre de 2022 a TAP foi capaz de gerar as receitas trimestrais mais elevadas da sua história e uma rentabilidade recorde, apesar dos contínuos desafios operacionais. Durante o primeiro ano completo do Plano de Reestruturação, a TAP gerou um lucro operacional que é um recorde histórico para a empresa. A TAP gerou também um lucro líquido positivo muito forte, tendo em conta o seu nível de alavancagem”.

 

  • Foto de abertura © Catarina Madureira

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