A TAP foi a companhia aérea portuguesa que mais reclamações recebeu na plataforma ‘Reclamar’ em 2020, anunciou nesta quarta-feira, dia 13 de outubro, a ‘Deco Proteste’., a maior organização nacional de defesa do consumidor. No total as reclamações sobre companhias aéreas na plataforma, em Portugal, subiram de 6.320, em 2019, para 8.844, em 2020, um aumento de quase 40 por cento.
As informações reunidas pela ‘Deco Proteste’, sobre as queixas dos portugueses no que respeita a companhias aéreas, mostram que o ano passado foi o pior em termos de dúvidas e reclamações, com um total de 8.844 registos, o maior aumento (39,9%) em relação ao ano anterior, quando tinham sido registadas 6.320. Uma situação esperada, já que são conhecidos os inconvenientes provocados pela pandemia de covid-19, nomeadamente a interrupção da atividade operacional das companhias aéreas impostas por restrições sanitárias, e os atrasos no reembolso de verbas que tinham sido pagas para viagens que não foram efetuadas.
Já de 2018 para 2019, o número de reclamações tinha passado de 5.441 para 6.320, uma subida de cerca de 16 por cento. Ao tempo, o motivo principal das reclamações tinha a ver com o congestionamento do Aeroporto de Lisboa, os atrasos e cancelamentos de voos e as demoras (ou desaparecimento) nas entregas de bagagem.
Numa análise às três empresas aéreas sobre as quais os portugueses mais reclamaram – TAP, EasyJet e Ryanair – as queixas por atrasos afetam mais a companhia de bandeira portuguesa, enquanto as duas companhias estrangeiras de baixo custo são contestadas devido ao cancelamentos de viagens com origem em aeroportos nacionais.
A ‘Deco Proteste’ já recebeu neste ano 826 reclamações referentes à TAP, 88 à EasyJet e 45 à Ryanair.
Segundo a Deco Proteste, “a maior parte das reclamações referentes a companhias aéreas tem a ver com atrasos (complicados ainda por conexões que se perdem), cancelamentos, perdas de bagagem e ‘overbooking‘ (confirmações de vendas de viagens em número superior ao da lotação dos aviões), por esta ordem de importância”.
Os problemas reportados pelos consumidores são ainda “exacerbados pela incapacidade de as empresas darem resposta adequada e em tempo útil às reclamações”, acrescenta o documento distribuído pela ‘Deco Proteste’ em Lisboa.