A TAAG vai formar cerca de 70 angolanos em manutenção de aviões, numa parceria com a companhia aérea portuguesa TAP, noticia hoje o semanário português SOL, que se publica em Lisboa.
Desde o passado dia 7 de Janeiro que está a decorrer no centro de instrução da transportadora angolana, em Luanda, o curso de Formação Básica para Técnicos de Manutenção de Aeronaves, cujas primeiras duas turmas abrangem 36 alunos. Em Abril, começam mais duas.
Ministrada por técnicos da TAP a formação dos 70 quadros – seleccionados entre 1.100 candidatos – durará 23 meses. Dividida em 13 módulos, engloba aulas sobre física, matemática, electricidade e electrónica. Mas também matérias mais específicas relacionadas com a electromecânica e electroaviónica, incluindo, por exemplo, o funcionamento de motores e hélices.
O objectivo das duas empresas é que, no fim do curso, os quadros da TAAG tenham capacidade e competências para realizar este tipo de formação de maneira autónoma Além disso, a iniciativa permitirá à empresa ter mais recursos humanos e engenheiros especializados em reparação e manutenção de aviões, Geralmente alvo de grande investimento, este é tido como um dos departamentos mais sensíveis e importantes numa companhia aérea.
Com a associação à TAP a TAAG beneficiado reconhecimento internacional que a empresa lusa detém ao nível da manutenção de aeronaves já que foi a primeira a obter certificação por parte do Instituto Nacional de Aviação Civil, em Portugal. E cumpre os requisitos europeus da Agência Europeia para a Segurança da Aviação.
Parceiras na formação há mais de uma década, as duas transportadoras têm ainda trabalhado juntas noutras áreas, como a consultoria – a TAP participou na construção e apetrechamento do centro de instrução da TAAG – e a qualificação em Gestão para as chefias da empresa angolana.
Desde 2009 que ambas colaboram também no desenvolvimento de projectos da Direcção de Manutenção e Engenharia da TAAG, visando melhorias técnicas e redução de custos operacionais, explicou ao SOL fonte oficial da TAP.
Venda de materiais e componentes, gestão de reparações e garantias de peças, elaboração de estudos sobre oficinas e laboratórios de manutenção e calibrações de equipamentos ou desenho de projectos para hangares são outras áreas em que há cooperação.
(Texto da jornalista Ana Serafim publicado hoje no semanário SOL)