A TAP tinha a 30 de junho passado 669,29 milhões de euros de “documentos pendentes de voos”, que explica ser o “montante da responsabilidade do Grupo referente a bilhetes emitidos e não utilizados”.
A informação consta do balanço do primeiro semestre publicado nesta segunda-feira, dia 28 de setembro, pela transportadora aérea portuguesa, o qual mostra que no semestre o montante de “documentos pendentes de voo” respeitantes ao transporte de passageiros aumentou 39,3% ou 188,96 milhões de euros, enquanto no transporte de carga até houve um decréscimo em 73,6% ou 317,7 mil euros.
A rubrica de “documentos pendentes de voo” não significa que se trate de incumprimentos por parte da companhia, incluindo o cancelamento de voos, mas como a TAP explica no balanço “decorrente da redução significativa da atividade após abril de 2020 e do cancelamento de voos impostos ao sector da aviação e ao Grupo, os documentos pendentes de voo em 30 de junho de 2020 incluem montantes significativos referentes a voos não realizados até essa data, mantendo o Grupo a sua responsabilidade pela prestação do serviço no futuro ou pelo reembolso nos termos contratuais”.
E a companhia acrescenta que “importa ainda salientar que, os montantes incluídos na rubrica pendentes de voo incluem vouchers e bilhetes não voados de voos cancelados”.
Esta é uma questão que está na ordem do dia em vários mercados onde a TAP está presente, nos quais os clientes aguardam serem ressarcidos dos bilhetes comprados mas não utilizados por cancelamento dos voos, que a União Europeia tem salientado ser-lhes devido.
- Texto partilhado da agência de notícias de viagens e turismo ‘PressTUR’, parceira editorial do ‘Newsavia’ em Portugal