TAP repudia “insinuação de práticas de bullying” por parte do Sindicato dos Pilotos

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A TAP Air Portugal “repudia de forma veemente qualquer insinuação de práticas de bullying para com os seus trabalhadores”, feita pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), disse esta sexta-feira, dia 18 de outubro, à agência de notícias ‘Lusa’ fonte oficial da transportadora aérea.

O SPAC acusou a TAP de fazer bullying sobre os trabalhadores ao enviar emails a dar conta das suas faltas, sem diferenciar os motivos destas, e fazendo “comparações estatísticas” entre eles.

Contactada pela ‘Lusa’, na sequência desta posição do sindicato, fonte oficial da TAP afirmou que a companhia “repudia de forma veemente qualquer insinuação de práticas de bullying com os seus trabalhadores”, acrescentando que “nunca foi e nunca será prática” da empresa, “que dispõe de um canal de ética e de conduta aberto a todos os trabalhadores para eventuais denúncias”.

A mesma fonte referiu que “apenas com informação, a TAP pode diagnosticar e atuar para melhorar os seu níveis de absentismo, que têm impacto direto na pontualidade e no bom funcionamento geral de qualquer companhia aérea, empenhada em melhorar e prestar cada vez mais um serviço de excelência aos seus clientes”.

A transportadora disse ainda que tem várias medidas em curso para melhorar a saúde dos seus trabalhadores.

“Proporcionar visibilidade e transparência sobre os indicadores operacionais relevantes da companhia, sempre dentro da lei e observando a confidencialidade de dados, é uma das prioridades da TAP”, acrescentou.

Numa carta enviada na quinta-feira aos presidentes Conselho de Administração, Miguel Frasquilho, e executivo da TAP, Antonoaldo Neves, “os pilotos demonstram o seu desagrado profundo, indignação e revolta pelo modo encapotado como a TAP na qualidade de empregador realiza ‘bullying’ sobre os seus trabalhadores, profissionais de renome, sem que exista qualquer justificação para este comportamento”.

Segundo aquele sindicato, a companhia aérea enviou uma mensagem de correio eletrónico a cada piloto, na qual é dada informação sobre as suas faltas e que “confronta os pilotos com um ranking criado pela TAP que visa reconhecer a prestação de alguns ou vexar os profissionais que, pelas mais variadas razões se encontram numa situação de ausência”.

O texto do sindicato, a que a ‘Lusa’ teve acesso, refere que a razão invocada pela transportadora aérea para o envio daquela comunicação aos pilotos se prende com o objetivo de “melhorar a saúde geral” dos trabalhadores.

No entanto, o SPAC diz não conseguir relacionar as faltas no âmbito da parentalidade ou exercício de funções sindicais, por exemplo, com a saúde dos trabalhadores.

Os pilotos entendem que há uma discriminação entre trabalhadores, uma vez que, segundo explica a carta do SPAC, os critérios usados para a comparação colocam no mesmo plano diferentes tipos de faltas, como por exemplo faltas por doença e faltas por morte de um familiar.

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