TAP Portugal teve prejuízo de 46 milhões de euros no exercício de 2014

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A TAP Portugal  fechou o exercício de 2014 com prejuízos de 46 milhões de euros, após cinco anos consecutivos com resultados positivos, o que é justificado pelos problemas operacionais e greves do segundo semestre.

A entrada tardia em operação dos novos aviões no último Verão, 22 dias de greve, anunciadas ou efectuadas, no segundo semestre, e o registo de algumas ocorrências operacionais, tiveram um impacto de 144 milhões de euros, foi revelado nesta tarde de quarta-feira, dia 24 de Março, durante uma conferência de imprensa que teve lugar na sede da companhia aérea portuguesa, no Aeroporto de Lisboa.

“Sabíamos que íamos ter um ano difícil e foi o que aconteceu. Infelizmente os resultados não foram bons”, afirmou o presidente da TAP, Fernando Pinto, na reunião com os jornalistas.

A situação de alguns mercados teve também uma influência negativa no exercício da TAP do ano passado, em especial o Brasil – devido a fatores internos e à realização do campeonato mundial de futebol, período durante o qual houve uma quebra da tarifa média, devido a mudanças das características do tráfego e a excesso de oferta.

Igualmente em África, verificou-se uma quebra da tendência de crescimento, com origem em fatores tais como o vírus Ébola, além da instabilidade social vivida em alguns países. A tudo isto, acresce ainda o saldo negativo da evolução cambial.

Com efeito, tratou-se, na maior parte dos casos, de fatores de ordem conjuntural, que não contaminarão os resultados de 2015, o que parece ser confirmado pela retoma do crescimento do tráfego.

Apesar de todas as dificuldades enfrentadas, em 2014, a TAP cresceu 6,6 por cento no volume de passageiros transportados, chegando ao número record de 11,4 milhões, mais 711 mil passageiros do que em 2013, com destaque para o crescimento de 8 por cento na Europa e de 10 por cento nos Estados Unidos.

A TAP prosseguiu o alargamento da sua rede de destinos, especialmente com a abertura de novas linhas para a Colômbia e o Panamá, e também para a Europa e no Brasil, tendo, para o efeito, introduzido seis aeronaves na sua frota.

A taxa de ocupação média dos aviões situou-se nos 80,6 por cento, subindo 1,1 pontos percentuais face ao ano anterior e ficando acima dos 79,7 por cento, número que, de acordo com a IATA, constituiu o valor médio da indústria.

Nas receitas, a TAP alcançou os 2.489 milhões de euros, 9 milhões mais do que em 2013. Os custos de exploração registaram um aumento da ordem dos 3,4 por cento face ao período homólogo, chegando aos 2.341 milhões, muito por força do custo do conjunto das ocorrências referidas e do aumento da operação em 5,5 por cento. O EBITDAR situou-se nos 148 milhões de euros.

 

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