O director executivo da Lufthansa, Carsten Spohr, afirmou na primeira entrevista após a queda do avião da Germanwings, no passado mês de Março, que os testes psicológicos surpresa e aleatórios aos pilotos poderiam reduzir o factor risco e o sentimento de incerteza na aviação.
As declarações proferidas ao jornal ‘Frankfurter Allgemeine Zeitung’ (FAZ) surgem na sequência da descoberta através das gravações da caixa negra do porquê do acidente da Germanwings. O copiloto Andreas Lubitz fechou-se no cockpit e colocou o avião em rota de colisão com o solo nos Alpes matando 150 pessoas. Os motivos que o levaram a tal acto ainda são desconhecidos mas Andreas Lubitz terá confessado aos seus intrutores na Lufthansa em 2009 que tinha sofrido uma grave depressão. Os investigadores descobriram que o piloto escondeu, inclusivamente, baixas médicas que o impediam de continuar a voar.
“Entendimentos sobre os motivos do copiloto podem resultar numa autópsia psicológica”, sublinhou Carsten Spohr também para o FAZ.
Assim, será criado um grupo de intervenção com o objectivo de identificar a necessidade de alterações nos procedimentos médicos e nos mecanismos que permitem o fecho interior das portas do cockpit. Spohr afirmou ainda que uma das questões a ter em conta será a da quebra da confidencialidade médico/paciente em casos excepcionais. De acordo com a lei alemã os empregadores não têm acesso à ficha médica dos trabalhadores e as baixas médicas não contêm detalhes sobre a condição física ou psicológica dos mesmos.
Testes psicológicos surpresa na Lufthansa
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