O número de passageiros que viajaram entre as ilhas cabo-verdianas, nos voos da TICV – Transportes Interilhas de Cabo Verde (ex-Binter Cabo Verde) no primeiro mês após a retoma dos voos domésticos, foi de pouco mais de 8.600. Um registo muito inferior ao mesmo período de 2019, antes da pandemia de covid-19, anunciou nesta terça-feira, dia 1 de setembro, a companhia aérea que é presentemente a única a realizar voos domésticos naquela república insular africana.
Em comunicado enviado à agência ‘Lusa’, a TICV, única companhia (ex-Binter Cabo Verde) a operar os voos domésticos no arquipélago, que foram suspensos devido à pandemia de 29 de março a 15 de julho, refere que opera atualmente 34 voos semanais entre sete ilhas, contra os anteriores 118 por semana.
No primeiro mês após a retoma destes voos, até 15 de agosto, foram transportados pela companhia aérea 8.634 passageiros.
“Nota-se um aumento da procura de julho para agosto, ainda que subtil. Mas são números ainda muito aquém dos mais de 80 mil passageiros transportados entre julho e agosto de 2019”, explicou o diretor-geral da TICV, Luís Quinta, citado na mesma nota.
Os voos domésticos foram retomados em 15 de julho, mas com a obrigatoriedade, definida pelo Governo, de os passageiros apresentarem testes negativos ao novo coronavírus realizados com uma antecedência mínima de 72 horas.
“Durante este primeiro mês de voos após a suspensão nota-se que os constrangimentos e atrasos dos primeiros dias já foram ultrapassados e que o processo de verificação sanitária, check-in e embarque tornou-se mais rápido”, afirmou o responsável da TICV.
Segundo Luís Quinta, no primeiro mês de retoma ainda se registaram “alguns casos de passageiros que tiveram de remarcar ou desistir da viagem devido aos testes”, algo que “já era expectável”, pelo que até 31 de julho as alterações de voos foram gratuitas.
Com a retoma das ligações aéreas da TICV, todas as ilhas cabo-verdianas já têm voo regulares como no período prévio à pandemia, apesar da programação “ainda bastante reduzida”, face ao que a companhia pretendia, admite, apontando a retoma dos voos internacionais – que estão suspensos desde 19 de março – como forma de aumentar a procura interna.
Ainda assim, a direção da TICV faz um balanço “ainda bastante cauteloso”, face aos “números muito abaixo do que se considera a operação normal” da companhia.
Antes da suspensão dos voos, as ligações aéreas de passageiros para sete ilhas do arquipélago eram garantidas pela TICV com nove rotas operadas por três ATR-72 500, com capacidade para 72 passageiros.
Desde há alguns meses que a companhia aérea cabo-verdiana, controlada pela espanhola Binter Canarias, está em mudança de imagem, sendo prevalecente a cor azul. Os aviões conforme fazem as revisões mais importantes estão a regressar brancos – futuramente serão decorados com a nova imagem da companhia – e o pessoal navegante já enverga as novas fardas, como podemos apreciar nas imagens que hoje publicamos.