A TAP vai repor as anuidades que deveriam ter sido pagas aos trabalhadores entre 2011 e 2015 a partir de janeiro, à cadência de uma por ano, anunciou na semana passada o presidente executivo da companhia, Fernando Pinto.
Numa carta de Boas Festas enviada aos trabalhadores da TAP, Fernando Pinto indica que as anuidades que deveriam ter sido pagas desde 2011, e que foram congeladas no âmbito do programa de ajustamento, “serão repostas gradualmente, a partir de janeiro próximo, à cadência de uma por ano, sempre em janeiro de cada um dos próximos anos, até que se completem os cinco anos perdidos”.
Do mesmo modo, a companhia vai considerar, em breve, “as situações em que as anuidades estão integradas na remuneração de função em adenda ao Contrato Individual de Trabalho”.
De acordo com o presidente executivo, “os trabalhadores da empresa são o seu ativo mais importante, sendo essenciais para o cumprimento cabal dos planos de futuro da companhia”.
Fernando Pinto lembrou que as medidas de austeridade impostas pelo programa de resgate, que teve especial incidência na função pública e no setor empresarial do Estado, “degradaram as condições de remuneração praticadas”.
No entanto, “nesta nova fase em que a empresa não mais depende das limitações impostas pelo Orçamento do Estado, tanto sindicatos como trabalhadores individualmente têm-nos confrontado com a necessidade de haver uma compensação para as quebras de rendimentos sofridas, em especial as que se referem ao congelamento das anuidades, vencimentos de senioridade e senioridades”, refere o responsável. Nesse sentido, e “com a necessária cautela, para não prejudicar a estabilidade futura da empresa, foi possível, desde já, atender de forma faseada às preocupações que nos foram transmitidas”, disse.
Fernando Pinto evidenciou ainda, na carta, que a companhia está agora “a iniciar um novo ciclo” e “por tudo o que tem sido desenvolvido nos últimos tempos” a TAP tem agora condições para começar “a sonhar com a construção de uma companhia aérea de nível mundial”.
O presidente executivo assinalou que no final de 2017 a TAP vai receber, de forma gradual, 53 novos aviões que renovarão a frota e em breve serão ainda anunciados os planos de renovação da frota da PGA. A companhia vai ainda continuar a apostar nas ligações da Europa a África e Brasil, acrescentando novos e garantindo, desde já, novas ligações aos Estados Unidos, desenvolvendo assim um novo eixo estratégico no Atlântico Norte.